quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Pagar dívida é meta mais importante para brasileiro que perder peso, diz SPC

Crédito ; dinheiro ; pagar dívidas ; inadimplência ; contas atrasadas ; real ;  (Foto: Agência Brasil/Arquivo)
Segundo pesquisa, 80% acreditam que as condições da economia pioraram no ano passado.

Pagar dívidas para sair do vermelho é o principal desejo dos consumidores brasileiros para 2016, segundo apontou pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A meta aparece na lista antes de outras resoluções populares de Ano Novo, como perder peso.
O levantamento aponta que 37% dos consumidores têm como prioridade quitar dívidas atrasadas, bem à frente dos 27,5% que querem perder peso. Entre as metas também aparecem praticar alguma atividade física (34,3%) e comprar ou trocar de carro (27,6%).
Dos brasileiros que têm contas em atraso, 59,6% pretendem pagá-las nos próximos seis meses, mas 38,1% não têm previsão de quando conseguirão quitá-las.
Entre os consumidores que possuem contas atrasadas e estão negativados, o vilão foi o cartão de crédito: 64,6% deixaram de pagar ao menos uma parcela, aumentando para 80,8% entre as mulheres.
O estudo indica que o valor médio de todas as dívidas dos consumidores inadimplentes, incluindo juros e multas, chega a R$ 11.472, embora seja importante destacar que 42,8% dos entrevistados não sabem quanto devem.
O risco de não conseguir pagar as dívidas também aparece como o maior temor para 2016: 56,9% dos entrevistados citaram, com percentuais maiores entre as mulheres (61,0%) e as pessoas com 50 anos ou mais (69,6%). Foram mencionados ainda os problemas de saúde (54,6%), a possibilidade de serem vítimas de violência e/ou assalto (35,2%) e que o país não saia da crise atual (27,1%).
Novos hábitos
Segundo a pesquisa, para superar os problemas causados pela crise econômica, a maior parte dos consumidores pretende organizar as contas da casa (56,3%). Do total de entrevistas, 36,4% afirmaram que querem evitar o uso do cartão de crédito, 33,8% querem evitar parcelamento de compras e 32,7% pretendem pagar a maioria das compras à vista.
A pesquisa mostra que os consumidores entendem a gravidade da situação e pretendem agir para evitar o desequilíbrio financeiro. “Medidas como a organização das contas e o uso consciente do cartão de crédito podem fazer diferença no orçamento ao longo de todo o ano, uma vez que não há previsão de quando haverá recuperação da economia”, afirma a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “O consumidor sabe que as compras parceladas representam risco de endividamento, situação que poderia fugir ainda mais ao controle em caso de desemprego”.
A pesquisa também mostra quais são as expectativas dos consumidores quanto à situação econômica do país em 2016. Para três em cada dez entrevistados (31,1%), a situação será pior do que no ano passado, enquanto 37,0% que imaginam que será melhor.
Dentre os pessimistas, as principais consequências esperadas com a piora do cenário econômico são fazer menos compras (55,6%), reduzir o consumo de produtos supérfluos (48,4%, aumentando para 59,7% nas classes A e B) e ter maior dificuldade para economizar e guardar dinheiro (45,4%).
Dentre as metas não alcançadas ao longo do ano passado, a mais citada pelos brasileiros foi a de fazer uma grande viagem (35,0%), seguido de não conseguirem poupar e fazer reserva de dinheiro (33,0%), comprar um carro (27,9%), reformar a casa (26,9%) e também adquirir a casa própria (20,0%).
No total, foram entrevistados 600 homens e mulheres com mais de 18 anos em todo o país. A soma total é superior a 100% porque os entrevistados puderam escolher mais de uma meta.
Fonte: Época

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