As estimativas estão no boletim Focus,
pesquisa semanal do Banco Central (BC) feita com instituições
financeiras. No início do mês, as instituições consultadas para o
levantamento ainda previam a taxa básica de juros na casa dos dois
dígitos em 2017, em 10,25% ao ano.
O mercado vem se mostrando
mais otimista a respeito da Selic depois de o Comitê de Política
Monetária (Copom) do BC reduzir a taxa básica mais que o esperado, em
sua primeira reunião de 2017. Em lugar da queda de 0,5 ponto percentual
projetada, o Copom cortou 0,75 ponto percentual. O presidente do BC,
Ilan Goldfajn, afirmou que este deve ser o “novo ritmo” de redução dos
juros.
A decisão de intensificar a redução da taxa básica de
juros ocorreu após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgar que a inflação medida pelo IPCA encerrou 2016 em 6,29%.
A
Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade
econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a
Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos
preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,
reduzindo o controle sobre a inflação.
A projeção de instituições
financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto –
PIB, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) em 2017 permanece
em 0,50%.
Fonte: EBC
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