O levantamento tem como referência dados
da Caixa Econômica Federal (Caixa) que apontam a injeção de R$ 41,8
bilhões na economia por meio da liberação de inativos do FGTS. Os
valores foram sacados entre os dias 10 de março e 12 de julho.
Os
saques foram efetuados a partir de cerca de 25 milhões de contas
inativas, superando as expectativas anunciadas durante as projeções
iniciais, que previam que apenas 70% dos saques fossem efetivados, o que
resultaria na retirada de R$ 43,6 bilhões dessas contas.
De
acordo com dados do Banco Central, houve uma redução de 4,5% do uso do
cheque especial em abril; e uma queda do uso do cartão de crédito, de
15,7% em março para 5,7% em abril. Ainda segundo o estudo, houve uma
“redução do endividamento das famílias” após o início dos saques,
passando de 23,4% da renda que estava disponível em fevereiro para 23,2%
da disponível em abril. Esses percentuais não consideram endividamentos
relacionados ao crédito habitacional. A inadimplência caiu 0,1 ponto
percentual de fevereiro para maio, caindo de 6% para 5,9%.
Para
apontar efeitos positivos que estariam relacionados à liberação dos
recursos do FGTS, o ministério citou dados da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que indicam recuo de 2,4% do
endividamento das famílias na comparação de março de 2017 com março de
2016; e de 1,7% quando a base de comparação é o mês de junho. Ainda
tendo como base levantamento da CNC, o estudo diz que 80% do valor dos
saques do FGTS foram direcionados a três segmentos: vestuário e
calçados; hiper e supermercados; e móveis e eletrodomésticos.
A
partir de dados do IBGE, o Planejamento apontou aumento da atividade do
comércio e de serviços nos meses de março, abril e maio de 2017. O
comércio varejista cresceu 1,7% em abril, na comparação com o mesmo mês
do ano anterior; e 2,4% em maio. Já o de serviços “reduziu a queda”, se
comparado ao mesmo mês do ano anterior, em -5,7% em abril para -1,9% em
maio.
Também foram apontados indicadores da Associação Brasileira
de Supermercados (Abras) indicando que em abril as vendas em
supermercados aumentaram 6,3% na comparação com abril de 2016. Em maio
esse aumento ficou em 1,1%. Os dados da Associação Brasileira da
Indústria de Eletroeletrônicos (Abinee), apontam que as vendas de
celulares apresentaram uma alta média de 20% no período entre março e
maio, na comparação com o mesmo período de 2016.
Já os dados da
Fenabrave, apontam que o total de licenciamentos de carros novos feitos
em abril são 7% maiores do que os registrados em abril de 2016. Esses
percentuais aumentam para 11,5% e 18,9% nos meses de maio e junho,
respectivamente.
Fonte: Agência Brasil
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