terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Juros para consumidor recuam ao menor nível desde 1995


Motivos são medidas para incentivar consumo, como as reduções da Selic e do IOF
A taxa média de juros para pessoa física caiu de 6,67% ao mês em novembro para 6,58% ao mês em dezembro e atingiu o menor nível da série histórica, que começou a ser feita em 1995. Os dados foram divulgados pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) nesta segunda-feira (16).
No ano, o consumidor brasileiro paga, em média, 114,84% de juros. Todas as linhas de crédito ficaram mais baratas para o brasileiro, com exceção do cartão de crédito, que manteve a taxa de 10,69% ao mês - ou 238,30% ao ano. Esta é a opção mais cara para o consumidor e, agora, está no maior nível desde junho de 2000, quando chegou a 10,7% ao mês.
Por outro lado, apesar de o indicado pelos economistas ser quitar todas as contas à vista, ficou levemente mais barato pegar grana emprestada no cheque especial, no comércio, no CDC dos bancos, no empréstimo pessoal em bancos e na mesma modalidade em financeiras.
Vale destacar que os juros do comércio e os do empréstimo pessoal em bancos e em financeiras são os menores da história. Nos casos do cheque especial e do CDC em bancos (financiamento de veículos), os juros são os menores desde outubro de 2011.
As principais razões para o recorde positivo para o consumidor das taxas de juros são, segundo a Anefac, as medidas do Banco Central e do Ministério da Fazenda "para incentivar o consumo e evitar que a nosso economia se retraia muito por conta do cenário externo (crise na Europa)".
Entre as mudanças estão a última redução da taxa básica de juros da economia (Selic), de 11,5% para 11%, e a queda do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas operações de crédito.

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