sexta-feira, 31 de maio de 2013

Financiamento imobiliário: melhor reduzir o prazo ou o valor das parcelas?


Muitas pessoas utilizam o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou do 13º salário para amortizar o financiamento imobiliário. Nesse momento é comum, a dúvida do que é melhor: reduzir o tempo do financiamento ou diminuir o valor da prestação.

Para a Proteste- Associação dos Consumidores, do ponto de vista financeiro, a melhor opção é sempre diminuir o prazo. Isso porque os juros são cobrados sempre sobre o saldo devedor. Dessa maneira, quanto mais tempo pagando as prestações, maior o valor referente a juros que irá pagar.
Ao antecipar estas parcelas, o mutuário consegue quitar mais rápido os financiamento. “Além disso, deixará de pagar taxa de serviços administrativos referente aos meses que quitar, além da redução dos valores dos seguros MIP (Morte e Invalidez Permanente) e DFI (Danos Físicos do Imóvel) que estão embutidos nas parcelas que serão antecipadas.”
A associação destaca ainda que a pessoa pode fazer amortizações extras a qualquer momento durante o período do financiamento. Os bancos não podem se negar a receber o pagamento antecipado. Se isso acontecer, é indicado fazer uma denúncia no Banco Central.
FGTS
No caso da amortização pelo uso do FGTS, a Proteste explica que o recurso só pode ser utilizado se imóvel foi concedido regularmente no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Além disso, ele só pode ser usado no intervalo de dois anos contados a partir do último uso e o mutuário não pode ter parcelas em atraso.
Menor custo
Por fim, a Proteste orienta que quem for adquirir qualquer empréstimo ou financiamento, deve analisar bem a condição de pagamento, o quanto da renda mensal será onerada com as parcelas. Vale também pesquisar o maior número de instituições antes de tomar a sua decisão. “Busque sempre o menor Custo Efetivo Total , pois essa é a única forma de garantir o menor custo.”

Caso a pessoa tenha outras dívidas, como cheque especial ou rotativo do cartão de crédito, dê preferência para quitá-las, pois possuem os maiores juros encontrados no mercado – e este pode ser um bom momento para pagá-las.

Desemprego é o motivo do atraso nas contas para 31% dos consumidores

Crédito: Ibahia
Com a crescente oferta de crédito pelos bancos e com a facilidade para adquirir produtos atualmente, muitos são os fatores que levam a inadimplência. Porém, o desemprego continua sendo sua maior causa. Uma pesquisa para avaliar o perfil do inadimplente feita pela Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), mostra que esse motivo representa 31% dos casos entre os consumidores entrevistados. A pesquisa foi realizada no primeiro trimestre de 2013 e ouviu cerca de 1.100 consumidores na cidade de São Paulo.

Em segundo lugar fica o descontrole financeiro, que caiu de 26% para 24% em relação à pesquisa anterior (que acontece trimestralmente). O desemprego é a causa preponderante nas faixas de renda familiar de até três salários mínimos (39%). Entre os consumidores que ganham de três e dez salários mínimos, o principal motivo é o descontrole financeiro (28%), mesma causa declarada entre as faixas acima de dez salários mínimos (17%). Em terceiro lugar, a pesquisa aponta o empréstimo do nome a terceiros (10%). 
Mais da metade dos inadimplentes (55%) declaram possuir uma conta em atraso que causou a restrição, 30% declaram possuir entre duas ou três contas e 15% possuem quatro contas ou mais. A maioria (34%) das dívidas não pagas está abaixo de R$ 500,00, mas 15% possuem dívidas abertas acima de R$ 5.000,00. Trinta e seis por cento entre R$ 500,01 e R$ 2.000,00 e 16% entre R$ 2.000,01 e R$ 5.000,00.
 
Causas da inadimplência
 
O não pagamento da fatura do cartão de credito e das prestações de carnês e boletos foi o principal fator da inadimplência. Segundo a pesquisa, 28% dos entrevistados declaram ter alguma restrição gerada por uma compra realizada com cartão de crédito. Em seguida as restrições foram ocasionadas devido ao não pagamento de carnê/boleto (26%), cheques sem fundos (19%), empréstimo pessoal (14%), cartão de loja (7%) e cheque especial (6%).
 
Três itens se mostraram igualmente importantes quando a pergunta refere-se ao produto ou serviço que causou a inadimplência. Para 15% dos entrevistados uma das dívidas não pagas originou-se da aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos. Da mesma forma, 15% citam a compra de produtos ou serviços relacionados à alimentação como os causadores das dívidas, e outros 15% citam a compra de vestuário e calçados e para 9% a origem foi do não pagamento de contas de concessionárias de serviços públicos.
 
Nível de endividamento
 
A pesquisa também mostra que o número de pessoas inadimplentes que declararam não terem como pagar suas dívidas subiu de 4% para 8%. Quanto à parcela da renda comprometida com dívidas (somando todas as dívidas, com restrição ou não) 19% declaram que mais da metade da renda familiar mensal está comprometida com seu pagamento. Esse número era de 16% em dezembro de 2012. Quarenta e oito por cento declaram que até 25% da renda está comprometida com o pagamento de dívidas e 33% declaram ter entre 25% e metade da renda familiar comprometida.
 
Situação atual e expectativas


Diminuiu também a proporção de inadimplentes que julga que a sua situação financeira é melhor hoje do que no ano anterior. Em setembro de 2012 eram 56%, em dezembro esse número aumentou para 64% e passou para 56% em março de 2013. A proporção dos que acreditam que a situação está pior subiu de 13% para 18%. Também diminuiu a porcentagem dos inadimplentes que acredita que a situação financeira estará melhor no próximo ano (89%), contra 90% em setembro de 2012 e 92% em dezembro, refletindo uma queda no otimismo do consumidor.
Fonte: Uol 

Aumento do juro básico deixa poupança mais vantajosa


A elevação da taxa básica de juros (Selic) de 7,5% para 8% ao ano vai fazer com que o dinheiro aplicado na poupança renda mais do que nos fundos de renda fixa, de acordo com levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). 

Com a Selic a 8% ao ano, o rendimento da poupança subiu de 5,25% para 5,60% ao ano e a caderneta ganha dos fundos na maioria das situações mesmo que o prazo de resgate da aplicação seja superior a dois anos (menor alíquota do Imposto de Renda).
Na prática, um investimento de R$ 10 mil, considerando que a Selic se mantenha a 8% ao ano, terá rendido, em 12 meses, R$ 560 na poupança, e R$ 554 no fundo de investimentos com taxa de administração a 1,5%. 
Por outro lado, nos fundos com taxa de administração mais baixa, de 0,5% ao ano, a caderneta rende menos, independentemente do prazo da aplicação. No exemplo acima, se a taxa de administração for de 0,5%, os fundos retornarão R$ 617 ao investidor. Em todas as demais situações, a vantagem da poupança é maior.
Isso acontece porque a caderneta de poupança tem seu ganho garantido por lei e não sofre qualquer tributação. Já os rendimentos dos fundos de renda fixa sofrem tributação do Imposto de Renda. Quanto menos tempo o poupador deixar o dinheiro no fundo, maior é a mordida do Leão, além de pagar também a taxa de administração cobrada pelos bancos.
Pela regra em vigor desde o ano passado, quando a taxa Selic está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a TR (taxa referencial), um tipo de taxa variável.
Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, como é o caso atual, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR. No entanto, a taxa referencial é igual a zero quando a Selic está igual ou menor que 8% ao ano, o que torna o rendimento totalmente atrelado aos juros básicos.
Esse cálculo só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012, quando o governo federal mudou as regras da poupança. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. Os demais direitos de quem aplica na caderneta foram mantidos, como a isenção de taxa de administração e de impostos.
Para os depósitos feitos antes da mudança da regra, a poupança é mais vantajosa que os fundos na maioria das situações, de acordo com a Anefac.
Apesar da remuneração maior trazida pelo aumento da Selic, a poupança continua rendendo menos que a inflação esperada para 2013.
De acordo com o Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), deverá fechar o ano em 5,81%

Dia Mundial sem Tabaco: governo preocupa-se com plantadores de fumo


No Dia Mundial sem Tabaco, uma realidade econômica no Brasil contrasta com os esforços dos serviços de saúde e entidades da sociedade civil em combater o tabagismo. Segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), 200 mil famílias concentradas, principalmente na região Sul, sobrevivem da cultura do fumo.

São produtores que ocupam pequenas áreas. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o governo não pretende suprimir essas lavouras. Em vez disso, criou, em 2005, o Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco. A ideia é dar opções de outras fontes de renda aos agricultores na medida em que campanhas e outras ações contribuem para redução do número de fumantes.
O Brasil é signatário da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, tratado internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS), em que os países se comprometem com a adoção de medidas nas áreas de propaganda, patrocínio, advertências sanitárias, tratamento médico, comércio ilegal, preços e impostos sobre cigarros com o objetivo de reduzir o tabagismo. A assinatura brasileira aconteceu em 2003. O acordo foi ratificado em 2005, após aprovação pelo Senado Federal. Do ponto de vista econômico, embora traga compromissos de aumento da carga tributária sobre os cigarros, a convenção não prevê redução das lavouras de fumo.
Segundo o presidente da Afubra, Romeu Schneider, as opções apoiadas pelo governo são principalmente a fruticultura e as hortaliças. Ele argumenta que esses produtos não asseguram aos produtores os mesmos ganhos que o tabaco. "São produtos que, se a oferta for maior, o preço cai. Imagine um número grande de famílias entrando nesse mercado de uma vez", comenta. Ele ressalta ainda que, pelo fato de muitas propriedades se localizarem em áreas acidentadas da região Sul, é difícil introduzir mecanização e escoar a produção dessas lavouras de subsistência. De acordo com Schneider, 50% dos plantadores de fumo estão no Rio Grande do Sul, 34% em Santa Catarina e o restante no Paraná e Nordeste.
Segundo o presidente da Afubra, atualmente a área ocupada por lavouras de fumo em cada propriedade é pequena, aproximadamente 2,6 hectares de áreas com tamanho médio de 16,5 hectares. O restante passou a ser dedicado a outras culturas. De acordo com ele, mesmo ocupando um espaço menor que as outras plantações, o tabaco garante maior lucratividade do que elas. "A área que o tabaco ocupa representa 63% da receita das famílias", diz. Para Schneider, o assunto deve ser conduzido com cuidado em decorrência do impacto social para os pequenos agricultores envolvidos. "Tivemos uma porção de oportunidades e conseguimos flexibilidade do governo. Mas há uma pressão muito forte, principalmente das entidades da sociedade civil. É um assunto que precisa ser trabalhado de forma racional, sem emoção", opina.
Além do apoio à diversificação nas lavouras, o governo atuou na elevação da carga tributária sobre os cigarros. Até 2015, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para importadores e fabricantes do produto deve alcançar 60% do valor de venda. A previsão está no Decreto 7.555, de 2011, que estabelece elevação gradual da alíquota. Atualmente, o IPI está em 45% do valor do produto. Além do percentual, a legislação prevê incidência de um valor sobre cada maço ou box. Hoje, esse custo está entre R$ 0,90 e R$ 1,20. Segundo o coordenador de fiscalização da Receita Federal, Marcelo Fisch, graças à tributação elevada, mesmo com redução no número de fumantes a previsão é que a arrecadação sobre o produto cresça. "Nos últimos cinco anos, houve redução anual de 2% a 3% e mesmo assim a arrecadação crescido por causa dos aumentos", informou.
Fonte: Jb Online

Cerca de 40% da população brasileira têm intolerância à lactose


Leite, queijo, iogurte e manteiga são alimentos facilmente encontrados na mesa dos brasileiros, mas para cerca de 40% da população podem trazer náuseas, diarreia, excesso de gases, dor de estômago entre outros incômodos. Isso acontece devido a uma incapacidade que essas pessoas têm de digerir lactose, o açúcar do leite. É a intolerância à lactose.

Para digerir esse açúcar, o organismo precisa produzir uma enzima chamada lactase, que divide o açúcar do leite em glicose e galactose. A incapacidade de produzir a lactase pode ser genética ou ocasionada por algum problema intestinal que a interrompe temporariamente.
De acordo com Ricardo Barbuti, gastroenterologista membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia, a capacidade de produzir a lactase é geneticamente determinada. “Quem tem a predisposição para produzir menos enzimas, na medida em que o tempo passa, vai perdendo a capacidade de digerir a lactose. Todo mundo que tem geneticamente uma intolerância, tem uma má absorção de lactose, mas isso não causa sintomas sempre”, disse Barbuti. Há países, como o Japão, em que praticamente toda a população tem essa característica.
O especialista explica que geralmente os sintomas aparecem entre meia hora e uma hora depois da ingestão do leite ou derivados, como chocolate, sorvetes, leite condensado, creme de leite, iogurte, manteiga, pudins e queijos. Barbuti ressalta porém, que isso depende do grau de intolerância à lactose e de quanta lactose tem o alimento ingerido. “Queijos quanto mais duros, menos lactose. Um parmesão, por exemplo, tem pouca lactose, enquanto um queijo mais mole tem mais lactose” explicou o especialista.
O Iogurte, por exemplo, tem menos lactose, já que o leite é fermentado e, no processo de fermentação, as bactérias consomem a lactose.
Já para Simone Rocha, nutricionista presidente da Associação de Nutricionistas do Distrito Federal, outro fator que pode causar intolerância alimentar de qualquer tipo, inclusive à lactose, é a superexposição a determinado alimento. “A superexposição pode causar intolerância, porque você come tanto que o seu organismo não consegue produzir enzimas para quebrar tudo”, explica Simone.
De acordo com Barbuti, as pessoas estão tendo mais acesso ao diagnóstico de intolerância à lactose. “O médico está mais atento a esse problema. O exame mais comum, que é o teste sanguíneo, é de fácil execução e está mais disponível à população, inclusive pelo SUS [Sistema Único de Saúde]”, avaliou o especialista. Ele conta que existe ainda um teste genético, em que os genes do paciente são estudados para saber se existe carga para a intolerância, porém este exame está disponível em pouquíssimos lugares no Brasil.
O especialista ressalta que existe diferença entre intolerância alimentar e alergia, que é uma reação imunológica descontrolada do organismo a alguma substância.
Para quem tem intolerância à lactose e faz questão de continuar consumindo derivados do leite, Barbuti explica que existem no mercado comprimidos de lactase. No Brasil, a lactase é encontrada apenas nas farmácias de manipulação, pois, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a enzima lactase é um medicamento de origem biológica. Em outros países, no entanto, a enzima é considerada alimento e tem venda liberada em farmácias e supermercados. Segundo a agência reguladora, ainda não há, no país, interesse das empresas em desenvolver o produto para vendas nas farmácias.
Outra alternativa para não passar mal ao ingerir derivados de leite são os probióticos, “as bactérias do bem”, que quando tomadas continuamente podem melhorar a digestão da lactose. Estes recursos são especialmente importantes para mulheres que já passaram pelo período da menopausa e precisam ingerir derivados do leite para absorverem cálcio.
Fonte: Agencia Brasil

Consumidor gasta mais com cigarros do que com arroz e feijão


 Os gastos da população com cigarros têm se mantido nos últimos anos e o peso dessas despesas no orçamento mensal dos consumidores “é relevante”, disse o  economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da  Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz.

No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado hoje (31), o economista comentou as implicações do consumo de cigarro para o orçamento doméstico. Segundo ele, os consumidores gastam com o cigarro o dobro do que usam para comprar arroz e feijão. “1,20% da renda média é gasta com cigarro. É um número representativo se se olhar o gasto com arroz e feijão, que é a metade disso, só 0,60%”, disse.
Segundo dados da Souza Cruz, em 2012, a empresa atingiu 74,9% do mercado brasileiro de cigarros, confirmando a primeira posição no setor. No quarto trimestre a participação teve um crescimento de 1,2 ponto percentual no ano, chegando à participação recorde na sua história, de 76.6%. Ainda de acordo com a empresa, o lucro operacional ficou em R$ 2.37 bilhões, que representa aumento de  9% em relação a 2011. O desempenho incluí os resultados com exportação de tabaco, que no mesmo período de comparação, conforme a companhia, teve crescimento de 106%.
O valor médio em reais dos gastos dos consumidores, no entanto, não é calculado, segundo o economista da FVG, porque varia conforme a quantidade de fumo por família e o número de integrantes de cada uma.
André Braz explicou que os gastos sempre tiveram peso relevante (acima de 1%), mas ficaram estáveis nos últimos dez anos porque quem gosta de fumar não abre mão do cigarro. Braz esclareceu que, apesar da queda no número de fumantes, o peso dos gastos permanece em destaque por causa da elevação do preço do produto. “O governo implementou uma política de aumento de imposto do produto para desestimular, então ainda que o número de fumantes seja em menor grupo, sustenta o vício a um preço maior”, disse.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), na população com mais de 15 anos de idade, o consumo de cigarros no Brasil caiu de 32 %, em 1989, para 17% em 2008. Os 17% correspondem a 25 milhões de fumantes.
Para o pneumologista do Inca, Ricardo Meirelles, a queda é resultado de um conjunto de ações do Programa Nacional de Antitabagismo. “A conscientização da população sobre o tabagismo e as leis  são importantes. A lei que proíbe o fumo em ambiente fechado é importante porque sensibiliza o fumante e o incentiva a parar de fumar. A gente nota que as pessoas querem parar de fumar por que não têm mais liberdade de fumar como antigamente.”
Para o pneumologista, o aumento no preço do cigarro também influencia no combate ao vício. Citou também outros fatores: a proibição de propaganda, as campanhas para que os jovens não comecem a fumar, o aumento da oferta de assistência ao fumante na rede pública e, por último, a proibição que as pessoas fumem em prédios públicos. O pneumologista citou também as queixas crescentes das pessoas que dizem estar com a saúde prejudicada pela convivência com os fumantes.
Na avaliação de Meirelles, é muito mais econômico para o governo implementar um programa contra o tabagismo, mesmo comprando os medicamentos, do que pagar o tratamento da doença causada pelo vício. Ele explicou que o tratamento se baseia em duas formas.
“Primeiro – disse Meirelles - é preciso entender que o tabagismo é dependência química. A nicotina é muito poderosa e pode causar dependência química até maior que outras [substâncias].”
Observou também que há uma dependência psicológica: o cigarro às vezes é encarado como uma forma de tranquilizar, aliviar o estresse e aborrecimentos.
Fonte: Agência Brasil

64,3% das famílias tinham dívidas em maio, aponta CNC

O percentual de famílias com dívidas voltou a aumentar em maio, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). De acordo com a pesquisa, 64,3% das famílias consultadas tinham algum tipo de dívida, entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.
Em abril, a fatia de famílias endividadas era de 62,9%. Em maio de 2012, de 55,9% – quase 8 pontos percentuais abaixo da atual.
Na passagem de abril para maio, também cresceram os percentuais de famílias com contas em atraso (de 21,5% para 21,6%) e sem condições de pagar seus débitos (de 6,7% para 7,5%).
Segundo a CNC, a alta do número de famílias endividadas, na comparação com o mês imediatamente anterior, foi observada apenas no grupo de famílias com renda até dez salários mínimos. Para essas famílias, o percentual de endividados chegou a 65,8% em maio. Para as famílias com renda acima desse patamar, o percentual de endividados ficou em 57,3%.
A alta do número de famílias com contas ou dívidas em atraso entre os meses de abril e maio também ocorreu apenas na faixa de renda até dez salários mínimos.

Governo publica decreto que mantém desconto na conta de luz


O decreto que garante os descontos na conta de luz foi publicado na quarta-feira (29), em edição extra do "Diário Oficial da União". O dispositivo foi a maneira encontrada pelo governo federal para manter os abatimentos previstos na medida provisória 605, que não foi votada pelo Senado e perde a validade no dia 3 de junho. A redução da tarifa de energia elétrica foi anunciada em setembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explicou que o decreto presidencial possibilita à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizar à Eletrobras o uso dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para que sejam enviados às distribuidoras de energia elétrica. O adiantamento envolverá um total de R$ 2,8 bilhões, segundo ele, e também contemplará repasses que usinas térmicas teriam a receber entre junho e dezembro deste ano.
No início da semana, a MP que garantia os descontos foi aprovada na Câmara, mas o Senado não votou o texto. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que os senadores não vão mais analisar matérias que cheguem ao Senado menos de sete dias antes de perderem a validade, como era o caso da MP 605. 
A estratégia do governo para substituir a medida provisória foi incluir os dispositivos dela em outra MP que tramita no Congresso, a 609, que trata da cesta básica. Enquanto a nova MP não é aprovada, o decreto que possibilita o adiantamento dos repasses serve para manter os descontos na energia elétrica.
Desconto na conta de luz

A redução das tarifas de energia elétrica foi anunciada em setembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff. Após o anúncio, a lei 12.783, que renovou as concessões do setor de energia e permitiu o barateamento da conta de luz dos brasileiros, foi sancionada em janeiro.

Para os consumidores residenciais, a conta de luz caiu, em média, 18%. Para indústria, agricultura, comércio e setor de serviços, o desconto alcançou até 32%.
Para bancar a queda no custo da conta de luz, o governo deve gastar R$ 19 bilhões em indenizações às empresas do setor elétrico e mais R$ 3 bilhões por ano para o fundo criado para compensar as reduções de encargos.
Ao anunciar a queda das tarifas, o governo ofereceu a todas as transmissoras e distribuidoras de energia elétrica brasileiras que tinham contratos vencendo até 2017 a possibilidade de renovarem as concessões antecipadamente. Em contrapartida, impôs novas condições, pagando menos pelos serviços.
A renegociação desses contratos era indispensável para o Executivo conseguir baixar as tarifas para os consumidores. Porém, algumas empresas, especialmente aquelas sediadas em estados administrados por partidos que fazem oposição ao governo federal, se recusaram a acatar as condições do Palácio do Planalto.
Para viabilizar os descontos de energia elétrica, Dilma decidiu publicar a medida provisória que garantiu recursos para compensar a diferença financeira gerada no momento em que parte das concessionárias não aceitou prorrogar os contratos em troca de uma menor remuneração.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Fiesp e centrais sindicais desaprovam novo aumento da Selic

PAULO SKAF - Presidente da Fiesp
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) considerou que o novo aumento da taxa básica de juros (Selic), em 0,5 ponto percentual, para 8% ao ano, anunciado na noite desta quarta-feira (29) pelo Banco Central, reduzirá a capacidade de crescimento da economia brasileira.
“É preciso quebrar paradigmas, o Brasil precisa de um choque de competitividade, investimento e produção, e não da mesmice do aumento de juros”, disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf que usou ainda o baixo desempenho da economia no primeiro trimestre como argumento.
Segundo Skaf, a divulgação feita hoje de que nos primeiros três meses do ano a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi apenas 0,6% fez com que a Fiesp revisasse a previsão de crescimento para o ano de 2,5% para 2%.
A Força Sindical também desaprovou o aumento da Selic. “A decisão acende o sinal de alerta para os trabalhadores porque, embora os índices mostrem bom nível de emprego, elevar a taxa Selic contribuirá para a redução de investimentos no setor produtivo, obrigando o governo a pagar mais juros para investidores. A consequência será menos recursos para investir em programas sociais”, diz o comunicado assinado pelo presidente da central sindical, Paulo Pereira da Silva.
A mesma avaliação teve a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Para a entidade, o aumento da taxa irá prejudicar o crescimento econômico. “A elevação da Selic pela segunda vez consecutiva no ano é um desastre do ponto de vista econômico e social. Não existe a ameaça de descontrole inflacionário e vai frear ainda mais o ritmo do crescimento econômico, a expansão do crédito, o fortalecimento da produção e do consumo e a geração de empregos”, destacou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.

Copom eleva taxa Selic para 8% ao ano


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira, 29, em 0,5 ponto porcentual a taxa Selic, de 7,5% para 8% ao ano. É a segunda vez que o Copom eleva os juros básicos da economia, após uma sequência de três reuniões do comitê em que houve a manutenção no patamar de 7,25% anuais - o menor da história recente, desde outubro de 2012, quando o BC encerrou um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2011.

Antes da decisão do Copom, os analistas estavam divididos nas apostas. Levantamento feito nesta terça-feira, 28, pelo serviço AE Projeções, da Agência Estado, mostrou que, de um total de 72 instituições consultadas, 37 previam aumento de 0,25 ponto porcentual e 34 esperavam elevação de 0,5 ponto. Apenas uma instituição estimava que o BC manteria a taxa Selic inalterada em 7,5% ao ano. Numa nova pesquisa com uma amostragem dos analistas, realizada nesta quarta-feira, após divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, não houve alteração nas previsões. O próximo encontro do Copom está marcado 9 e 10 de julho.

DICAS DE SEGURANÇA INFANTIL


O tema da segurança infantil é dos mais importantes para todos nós. Por isso, compilamos mais algumas dicas de segurança para evitar os acidentes tão comuns com nossas crianças. Olho na dica e olho na criançada!

- Apenas crianças maiores de nove anos devem usar camas beliche.
- As grades do beliche devem estar nos quatro lados.
- Beliche não é playground, não permita que as crianças usem-no para brincar.
- Prefira camas e berços com quinas arredondadas.
- Coloque os fios do televisor atrás do móvel, em lugar inacessível às crianças.
- Não deixe o controle remoto ou outros itens que possam chamar a atenção da criança sobre o televisor.
- Evite mesas que não tenham apoio por suas laterais, evitando o risco de tombar caso a criança se apoie. Tampos de vidro ou de materiais quebráveis também devem ser evitados.
- Caso um móvel possa servir como escada para uma criança, prenda-o à parede utilizando-se de parafusos e buchas.
- Não deixe móveis instáveis em locais em que a criança costume brincar.
- Instale trancas nas gavetas de armários, cômodas e criados-mudos, de forma a impedir que a criança use as gavetas como degraus.
- As toalhas de mesa não devem ter pontas caídas para fora da mesa.
- Mantenha os brinquedos – especialmente os favoritos da criança – guardados em locais de fácil acesso para ela.
- Observe sempre o estado das pilhas ou baterias dos brinquedos; caso estejam descarregadas, providencie sua substituição imediata ou retire-as do brinquedo, evitando vazamentos.
- Todo brinquedo comprado deve apresentar o selo de conformidade do Inmetro.
- Deixe os brinquedos das crianças mais velhas longe do alcance das crianças mais novas.
- Os ímãs de geladeira devem ficar longe do alcance das crianças, pois são chamativos e podem ser facilmente engolidos.
- Carrinho de bebê não é brinquedo. A criança deve ser transportada sempre com o cinto de segurança afivelado, estrutura firme e travada. Não se esqueça de que o carrinho não deve ser usado em escadas de qualquer tipo.
- Em caso de usar a banheira, mantenha sempre a criança voltada para a torneira, isso evita que ela bata acidentalmente a cabeça no metal quente.
- Móveis em geral possuem bordas rígidas e cantos afiados que se tornam risco para crianças. Considere colocar proteções macias e com bordas arredondadas nestes locais.
- Tenha cuidado com cadeiras de balanço e reclinadores, os dedos das crianças podem facilmente ser esmagados ou presos em suas junções.
- Não coloque canetas ou lápis na boca na presença de crianças. Elas imitam o comportamento dos adultos e podem se machucar com seus próprios lápis e canetas coloridas.
- Verifique na embalagem se o brinquedo está adequado à idade da criança.
- Não deixe que a criança brinque com sacos plásticos ou balões estourados, eles podem causar asfixia.
- A cozinha não é lugar de criança, especialmente no momento de preparo dos alimentos.
- Jamais deixe as crianças sozinhas em piscinas ou banheiras. Supervisioná-las é a única forma de evitar acidentes fatais.
- Fique atento a brincadeiras que possam causar acidentes. Ensine a criança a evitar esconderijos em locais confinados, como armários, baús, geladeiras, etc.
- Nunca deixe escadas portáteis ao alcance das crianças.
- Mantenha sempre em local seguro e de difícil acesso para as crianças os eletrodomésticos que possam causar ferimentos a elas, como máquina de costura, ventiladores, circuladores de ar, aquecedores, ferro de passar etc.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Um terço dos brasileiros fumantes deixou o vício após restrição à publicidade de cigarros

Cigarro: Leis anti-fumo têm impacto positivo sobre a saúde da população em um período de um ano
Um em cada três brasileiros fumantes abandonou o vício entre 1989 e 2010 após a adoção de medidas restritivas de propaganda no país, incluindo a adoção de avisos sobre os riscos de fumar nas embalagens. É o que revela uma pesquisa inédita feita em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro com 1.830 pessoas. O levantamento ainda mostrou que a maioria da população é a favor de medidas mais rigorosas para combater o tabagismo: 92% dos não fumantes e 89% dos fumantes entrevistados concordam que o governo deveria fazer mais para combater o vício. 

Ainda de acordo com o estudo, quando indagados se produtos do tabaco deveriam ter controle maior, 83,1% dos fumantes entrevistados afirmaram que sim. "Os números deixam claro que a população é muito receptiva", diz a coordenadora do estudo, Mary MacNally.
Batizado de relatório da Política Internacional do Controle do Tabaco (ITC), o trabalho é fruto de uma parceria entre a Universidade de Waterloo, no Canadá, o Ministério da Saúde, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), a Fundação do Câncer, a Aliança de Controle do Tabagismo (ACTbr), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab).
A primeira etapa da análise foi feita em 2009. Depois, foram analisadas as respostas dos participantes no fim de 2012 e neste ano. A pesquisa identificou também queda na percepção de propaganda de cigarro. Em 2009, 42,8% dos fumantes relatavam que o marketing do cigarro era frequente ou muito frequente. Na entrevista mais recente, porém, esse número caiu para 22,6%. O mesmo fenômeno foi notado no grupo de não fumantes. Além disso, quase metade dos entrevistados afirmou ser favorável à adoção de uma embalagem "genérica" do cigarro: todos com a mesma cor, sem desenhos e logotipos. 

Brasil precisa de mais 10 mil antenas para ampliar 4G


As operadoras de telefonia celular precisarão instalar quase 10 mil antenas a mais em todo o país para a ampliação da oferta do serviço de quarta geração, em especial nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo, disse nesta quarta-feira o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Eduardo Levy.

Segundo ele, hoje o país tem cerca de 60 mil antenas instaladas. "Precisamos colocar muito mais antenas", disse Levy, durante audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar da qualidade dos serviços no setor.
As empresas, entretanto, vêm encontrando problemas por conta das legislações de alguns municípios que dificultam a instalação das antenas, por motivos que vão de supostos riscos à saúde pública até a poluição visual.
Um projeto que tenta unificar as regras para simplificar a instalação de novas antenas tramita atualmente no Congresso.

Anvisa suspende todos os lotes do remédio Anastrol

A Anvisa determinou nesta segunda-feira, 27, a suspensão de distribuição, comércio e uso de todos os lotes do remédio Anastrol, de 1 mg, usado no tratamento de câncer de mama. Segundo a agência, a fabricante não comprovou similaridade na produção dos lotes, algo essencial.
A recomendação é que pacientes que usam o medicamento procurem seu médico para indicação de outro remédio. Como há mais drogas com o mesmo princípio ativo, a proibição não provocará riscos de desabastecimento ou interrupção de tratamento.
A reportagem procurou o laboratório Libra do Brasil, responsável pelo Anastrol, mas não conseguiu localizar a direção.