Acusada de colaborar muito para a obesidade de adultos e crianças, a
Coca-Cola anunciou uma série de medidas globais para tentar melhorar sua
imagem. Uma delas é deixar de fazer propagandas direcionadas a menores
de 12 anos.
Além disso, a empresa disse que vai intensificar a
venda de refrigerantes, sucos e chás com menos calorias e passará a
informar, na frente de todas as suas embalagens, o valor energético de
cada produto.
A Coca-Cola também vai colocar em prática programas que estimulam os consumidores e fazer atividade física.
Apesar
de divulgar que não vai mais focar no público infantil, alguns
elementos da propaganda da empresa que atraem crianças vão continuar
existindo. Os tradicionais comerciais feitos com os ursos polares, por
exemplo, não serão abandonados.
A companhia considera que eles não são voltados diretamente às crianças, e sim às famílias.
"Nosso
foco é tornar a empresa parte de uma solução para as grandes questões
de saúde do século 21. Queremos que a companhia ajude o mundo a se
tornar mais saudável", diz Marco Simões, vice-presidente de comunicação e
sustentabilidade da Coca-Cola no Brasil.
Lata menor tem menos calorias
A
empresa diz que vai intensificar a venda de produtos com baixa ou
nenhuma caloria, como versões light de refrigerantes, sucos e chás.
Pretende, também, aumentar a oferta de produtos com uma quantidade
próxima de 100 calorias por embalagem (latas e garrafas pet de 250ml,
por exemplo, contêm 106 calorias cada).
No Brasil, atualmente, 23%
do portfólio da empresa é de bebidas de baixa e sem caloria. Até 2014, a
meta é que todos os pontos de venda no mundo que tiverem produtos da
Coca-Cola ofereçam ao menos uma opção com cerca de 100 calorias ou
menos.
A companhia diz, ainda, que vai colocar, na parte da frente
de todas as suas embalagens, a quantidade de calorias de cada produto. A
informação já é dada nos refrigerantes com a marca Coca-Cola há cerca
de um ano.
Todas as embalagens também terão tabelas grandes
informando a quantidade de calorias, açúcares, gorduras totais e
saturadas e sódio. Essa tabela também já consta de parte dos produtos.
Simões
diz que a empresa considera que tem a obrigação de liderar o debate
sobre vida saudável. Ele afirma, porém, que é errada a ideia de que o
refrigerante é o grande responsável pela obesidade. A responsabilidade,
afirma ele, seriam a diminuição da atividade física e o aumento da
ingestão de calorias no mundo todo.
"Acreditamos que faz parte do
nosso trabalho educar a sociedade com relação a isso. As pessoas têm a
percepção de que o refrigerante pode contribuir para o aumento da
ingestão calórica e da obesidade, mas é uma percepção errada. Temos
estudos que mostram que em média, no Brasil, o refrigerante corresponde a
7% do consumo real diário de calorias das famílias. Não é uma
quantidade irrelevante, mas é pouca com relação ao total", diz Marco
Simões.
Incentivo à prática de esportes
A Coca-Cola também quer
intensificar programas como o Copa Coca-Cola, feito no Brasil, que
incentiva a participação de jovens de baixa renda em campeonatos de
futebol.
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