sexta-feira, 10 de maio de 2013

Novo teste detecta anticorpos capazes de atacar o HIV

 
Técnica genética poderá abrir caminho para a cura da aids em humanos
Cientistas americanos criaram um teste capaz de detectar, em pacientes infectados pelo HIV, quais anticorpos são capazes de atacar o vírus e até de neutralizar, mas não combater, uma infecção. O teste também pode dizer de que forma esses anticorpos agem sobre o HIV e quais partes do vírus eles atacam. Segundo os pesquisadores, essa nova ferramenta pode fornecer informações importantes para o desenvolvimento de uma nova vacina contra a infecção. O estudo que deu origem ao teste foi publicado nesta sexta-feira na revista Science.
Embora o nosso corpo não seja capaz de combater completamente uma infecção pelo vírus HIV, há alguns casos de pessoas contaminadas cujo sangue apresenta poderosas propriedades de neutralização do HIV. Há algum tempo, cientistas do Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID, sigla em inglês) estudam esses pacientes, especialmente seus anticorpos que têm a capacidade de atacar o vírus causador da aids.
No entanto, há uma série de dificuldades no estudo desses anticorpos. Até agora, as técnicas disponíveis para isso não permitiam detectar facilmente, ao analisar amostras de sangue dos pacientes, as características dos anticorpos capazes de atacar o HIV ou então quais partes do vírus atacavam. Além disso, para determinar como e onde os anticorpos aderiam ao vírus, eram necessárias grandes quantidades de sangue dos doadores.
A ferramenta — O teste criado no NIAID, desenvolvido com base em um algoritmo matemático, fornece uma "impressão digital" dos anticorpos que neutralizam o HIV, permitindo que os cientistas explorem um importante banco de dados sobre esses anticorpos armazenado ao longo dos últimos anos. De acordo com os pesquisadores, o sistema permite medir quais células do vírus podem ser neutralizadas por um anticorpo determinado, e com qual intensidade, além de calcular os tipos específicos de anticorpos presentes e a proporção de cada um deles, comparando suas características com as contidas no banco de dados.
Para os autores do estudo, a técnica também poderia ser utilizada no estudo de respostas imunológicas humanas a outros agentes patogênicos, como o vírus da gripe ou da hepatite C.
 Fonte: Veja - Online

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