Nas últimas semanas, as operadoras de telefonia anunciaram o início de
seus serviços 4G em várias capitais brasileiras. A nova tecnologia de
dados por meio de rede celular traz mais velocidade e estabilidade nas
conexões, mas a novidade tem um custo relativamente alto e pode não ser a
melhor opção para todos que usam banda larga no celular. A seguir, o iG
traz um guia que responde às principais perguntas relacionadas à
tecnologia 4G. Confira.
O que é o 4G?
O 4G é a tecnologia de
transmissão de dados em redes de celular mais avançada do momento. No
Brasil, todas as redes 4G usam o padrão LTE (Long Term Evolution). Outro
padrão considerado 4G é o WiMax, usado por algumas operadoras nos
Estados Unidos e em outros países.
Qual a velocidade do 4G?
Na
teoria, o padrão LTE suporta velocidades de até 100 Mbps. Mas esse é o
máximo teórico da tecnologia e só é alcançado em condições muito
específicas. Na prática, a velocidade real das redes 4G brasileiras deve
ficar entre 5 Mbps e 12 Mbps, segundo a consultoria Teleco. Nas redes
3G e 3G+ atualmente em funcionamento no Brasil a velocidade real costuma
ficar entre 1 Mbps e 3 Mbps.
Em que cidades brasileiras o 4G está?
Cumprindo
o cronograma estabelecido pela Anatel, as quatro operadoras de
telefonia que operam no Brasil (Oi, Claro, Vivo e TIM) estrearam seus
serviços nas seis cidades-sede da Copa da Confederações: Rio de Janeiro
(RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Salvador (BA), Recife (PE) e
Fortaleza (CE).
Além disso, também contam com redes 4G de algumas
operadoras as cidades de São Paulo (SP), Campos do Jordão (SP), Paraty
(RJ), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).
Quanto custa o acesso a redes 4G?
A
cobrança do 4G é sempre atrelada à quantidade de dados baixados pelo
usuário. Para planos de 5 GB de dados mensais, o valor médio cobrado é
de R$ 100. As operadoras oferecem planos para franquias de dados de 500
MB (TIM) até 20 GB (Vivo). Quando o usuário ultrapassa o limite de dados
do plano, a velocidade é reduzida para valores entre 100 Kbps e 300
Kbps, dependendo da operadora e do plano.
Quais aparelhos 4G estão atualmente no mercado?
Os
aparelhos 4G atualmente à venda no mercado brasileiro são BlackBerry
Z10 , Nokia Lumia 820 ,Nokia Lumia 920 , Samsung Galaxy S4 , Samsung
Galaxy S III , Samsung Galaxy Express , Sony Xperia ZQ , Motorola Razr
HD e LG Optimus G .
O iPhone 5 também tem uma antena 4G e acessa
esse tipo de rede em alguns países. O aparelho, porém, não é compatível
com o padrão 4G adotado no Brasil. Por isso, o aparelho da Apple
funciona apenas em redes 3G ou 3,5G (HDSPA+) no País.
Vale a pena optar pelo 4G?
Órgãos
como Procon e Idec recomendam cautela ao contratar um plano 4G. Como a
rede 4G ainda está em seus primeiros dias e a cobertura é escassa, a
migração vale basicamente para quem realmente precisa de velocidade em
sua conexão de celular e mora ou trabalha em regiões centrais das
cidades com cobertura 4G.
Atividades como navegação na web e
leitura de e-mails já funcionam bem em redes 3G de boa qualidade e não
sofrem grande impacto com a mudança para o 4G. A mudança é mais indicada
para quem quer ou precisa ver vídeos com alta qualidade ou baixar e
enviar arquivos grandes.
Um aparelho 4G comprado no exterior funcionará no Brasil?
Na
maioria dos casos, não. Diferentemente do que ocorre no 3G, as
frequências usadas no padrão 4G variam bastante de um país para o outro.
O Brasil usa a banda 7 (frequências entre 2.500 MHz e 2.700 MHz), usada
atualmente apenas no Chile e por algumas operadoras canadenses. Mesmo
nesses países há pequenas variações na frequência exata de cada
operadora. Por isso, de modo geral, não é aconselhável contar com o 4G
de um aparelho comprado no exterior.
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