quinta-feira, 9 de maio de 2013

Celulares e tablets como máquinas de cartão de crédito

Usar o telefone celular ou tablet como máquina de cartão de crédito já é uma realidade. Pequenos e médios lojistas, prestadores de serviço ou mesmo pessoas físicas podem até dispensar as tradicionais máquinas para cartões de créditos, substituindo esses equipamentos pelo seu próprio telefone móvel.  Trata-se de um serviço lançado há um mês, pela PagSeguro - empresa pertencente à Uol.
“O PagSeguro desenvolveu essa tecnologia pensando nos vendedores que não têm condições de arcar com os custos envolvidos na aquisição e manutenção de máquinas leitoras de cartões de crédito”, explica o gerente de projetos da Uol, Igor Taquehara  - que fez a palestra “O celular como meio de pagamento no Brasil”, realizada no segundo dia (8 de maio) do 6º Congresso Consumidor Moderno. Taquehara citou como público alvo os profissionais liberais, os vendedores porta a porta e autônomos, os taxistas, os cabelereiros e demais vendedores que necessitam de mobilidade para atender aos seus clientes.
Como funciona
Para usar o celular como máquina de cartão, basta que o vendedor faça o seu cadastro no PagSeguro, baixe gratuitamente o aplicativo e solicite o leitor digital de tarjetas, que deve ser encaixado no aparelho móvel através da saída de áudio. O cartão do consumidor, então, é lido pelo dispositivo e as transações se efetivam.
O vendedor recebe o crédito diretamente na sua conta corrente ou cartão de crédito cadastrado no PagSeguro. As compras podem ser parceladas em até 12 vezes, beneficiando também o consumidor. Para fazer as transações, o contratante do serviço necessita apenas de um celular ou tablet com conexão à internet e sistemas Android ou iOS.

Taquehara acrescenta que o serviço não cobra taxa de adesão nem mensalidades, além de não exigir CNJP e outros dados pedidos pelos fornecedores das máquinas. Com isso, a Uol prevê alavancar as vendas e a receita dos segmento varejista de pequeno e médio porte, além da prestação de serviços.
Vale ressaltar que o serviço está disponível, atualmente, para os modelos de telefone:  todos os iPhones, Samsung Galaxy, Samsung Nexus S, Samsung Galaxy S3, Samsung Galaxy S2, Motorola MotorolaDefy, Samsung Galaxy Ace, Samsung Galaxy Note 2 e Motorola MotorolaRazr XT910.

Desafios
Embora prática e barata, essa nova forma de transação comercial também enfrenta obstáculos, como a confiança do vendedor e do consumidor.  “Como toda inovação, é normal que as partes envolvidas no processo levem um tempo para assimilar e confiar no serviço”, revela Taquehara.  Porém, o gerente de projetos da Uol afirma ter uma perspectiva positiva em relação à aceitação da ferramenta no mercado, devido à confiabilidade que o PagSeguro oferece aos vendedores e compradores.
E o consumidor?
De acordo com Taquehara, os compradores não devem digitar a senha do cartão de crédito no aparelho celular do vendedor. Além disso, o número da targeta e o código de segurança são automaticamente criptografados e enviados ao departamento responsável da PagSeguro, impossibilitando que essas informações fiquem armazenadas de maneira legível no mobile do comerciante.
O gerente de projetos, porém, alertou que a possibilidade de fraudes é igual a existente em compras virtuais e em máquinas convencionais de cartão. “A PagSeguro trabalha intensamente com sistemas e recursos que visam detectar e prevenir ações criminosas nesse novo serviço”, fala Taquehara, que salienta que qualquer tipo de fraude é devidamente ressarcida perante às vítimas. 
NFC - Near Field Communication
Durante a palestra, o gerente do Uol aproveitou para adiantar o investimento da empresa também na tecnologia NFC para transações comerciais. Cadastrados no Pagseguro, os vendedores podem receber pagamentos apenas aproximando o seu aparelho mobile do celular do pagador.
O serviço já está disponível como forma de teste, porém, a previsão é que a ferramenta leve um tempo para se popularizar no Brasil – já que são necessárias condições técnicas e compatibilidade entre os aparelhos envolvidos, como sistema Android e tecnologia própria para a troca de informações por contato. “Já estamos verificando a possibilidade das principais fabricantes de aparelhos de celular incluir a tecnologia por aproximação nos aparelhos, sem aumentar demasiadamente o custo do produto”, fala Taquehara.

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