A expectativa de melhora da economia, aliada à queda da inflação e a
redução das taxas de juros contribuíram para o aumento de 6,2 pontos no
Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em janeiro deste ano, passando
a 79,3 pontos. A reversão do quadro de queda da confiança do consumidor
compensou a maior parte das perdas acumuladas nos dois últimos meses do
ano e que chegou a 6,7 pontos.
Os dados relativos à Sondagem de
Expectativas do Consumidor foram divulgados hoje (25), pelo Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) e permitiu
que o indicador retornasse aos patamares próximos aos de setembro do ano
passado.
Segundo a FGV, houve em janeiro uma acomodação das
avaliações dos consumidores em relação à situação presente, aliada a uma
expectativa menos negativa em relação ao futuro no que se refere a
economia, finanças, emprego, compras, inflação e taxa de juros.
Com
isto, o Índice da Situação Atual avançou 2,9 pontos, para 68,1 pontos,
enquanto o Índice de Expectativas subiu 8,3 pontos, atingindo 88,1. A
coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt,
comentou os dados de janeiro da pesquisa e a reversão da tendência da
posição dos consumidores sobre a economia brasileira.
"A alta da
confiança em janeiro está relacionada às expectativas de melhora do
ambiente econômico com a queda na inflação e a aceleração do movimento
de redução das taxas de juros prevista no curto prazo”, disse.
A
economista chama a atenção para a melhora da expectativa que acontece
mesmo com os níveis de incerteza ainda altos e as perspectivas para o
mercado de trabalho se mantendo ruins neste primeiro semestre. “Mas as
boas notícias da virada de ano aumentaram as chances de uma recuperação
da confiança (ou, por enquanto, alívio da desconfiança) nos próximos
meses”, explicou.
Satisfação do consumidor
Com
a mudança do quadro verificado pela FGV na Sondagem de Expectativas, a
satisfação do consumidor com relação à situação financeira familiar
atingiu 61,6 pontos, uma variação de 4,3 pontos em relação ao mês
anterior, quando atingiu o mínimo histórico ao fechar em 57,3 pontos.
Dentre
os quesitos integrantes do Índice de Confiança do Consumidor, aquele
que mede o grau de otimismo em relação à situação econômica nos seis
meses seguintes foi o que mais contribuiu para a alta da confiança em
janeiro. O indicador subiu 8,4 pontos, recuperando parte das perdas de
-9,6 pontos ocorridas nos últimos dois meses.
Comparando os
resultados por faixas de renda, houve, segundo a FGV, aumento da
confiança em todos os níveis, com a faixa de renda familiar mensal entre
R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, contribuiu para o aumento do Índice de
Confiança do Consumidor. Nesta faixa de renda familiar, houve uma
variação de 11,3 pontos, elevando o indicador a 83 pontos – o maior
nível desde janeiro de 2015.
Na Sondagem de Expectativas do
Consumidor relativa a janeiro, a FGV coletou informações em 2.086
domicílios entre os dias 2 e 21 de janeiro. A próxima divulgação da
Sondagem do Consumidor ocorrerá em 22 de fevereiro de 2017.
Fonte: EBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário