Embora seja a principal opção de investimento dos brasileiros, a
caderneta de poupança tem perdido espaço entre os poupadores ao longo
dos anos. Em 2016, a aplicação teve a preferência de 76% dos brasileiros
que têm algum dinheiro guardado, mas o percentual já foi de 88% em
2012, ano que registrou os menores juros da história. Os dados são de
levantamento da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro
(Fecomércio-RJ) e do Instituto Ipsos, que ouviu 1,2 mil pessoas em 72
municípios.
A diretora de Políticas e Estratégias do Sistema
Fecomércio-RJ, Glória Amorim, destacou que a caderneta de poupança
sempre foi “preferência nacional” em aplicações financeiras, não só pela
facilidade de investir como pelo fato de não haver desconto de imposto
de renda. No entanto, segundo ela, os juros mais altos registrados nos
últimos anos levaram os brasileiros a prestar atenção em outros tipos de
investimento, como a aplicação em fundos.
No ano passado, por exemplo, 7% dos poupadores disseram aplicar em fundos, quatro pontos percentuais a mais que em 2012.
Em
relação a 2015, a sondagem mostra estabilidade na parcela de famílias
com algum dinheiro guardado (18%). Por faixa etária, a maior quantidade
de brasileiros que poupam dinheiro de alguma forma está entre os que têm
a partir de 60 anos (25%); seguida pelos que têm de 45 a 59 anos (21%).
Nas faixas de 16 a 24 anos, de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos, 15% têm o
hábito de guardar dinheiro.
Os homens superam as mulheres que
informaram ter dinheiro guardado: 20% contra 16%. Em relação à
escolaridade, os que têm nível de ensino médio ou superior são maioria
entre os que guardam dinheiro (23%); seguidos de 13% com ensino
fundamental e 9% sem instrução. A maior parte dos brasileiros que
disseram ter dinheiro guardado está na Região Centro-Oeste (29%). Em
seguida, aparecem as regiões Sudeste (19%), Sul (16%), Nordeste (15%) e
Norte (10%).
De acordo com o levantamento, sete em cada dez
brasileiros que poupam guardam o dinheiro para usar em alguma
eventualidade. Outros 10% pretendem usar os recursos guardados para
reformar a casa, 6% dizem poupar para comprar um automóvel e 6%
pretendem gastar as economias com lazer.
Fonte: Agência Brasil
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