A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade,
disse hoje (31) que atualmente é praticamente impossível erradicar o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e também da febre amarela.
“O
combate ao Aedes talvez seja o maior desafio da saúde pública, afinal,
existe uma série de fatores que deveriam ser realizados para que esse
combate fosse de fato eficiente e acabasse com o vetor dessas doenças.
Hoje é praticamente impossível acabar com ele”, disse Nísia durante
seminário sobre a febre amarela e o monitoramento de primatas em
território fluminense, realizada na própria fundação, em Manguinhos,
zona norte da cidade.
“Por isso estamos aqui falando de controle
de endemias, políticas sistemáticas de monitoramento, etc. O verão é a
ocasião perfeita para a reprodução desse inseto, mas o combate tem que
ser o ano inteiro, monitorando a saúde como uma só, tanto de seres
humanos como de animais, já que os macacos fazem parte do ciclo
silvestre da febre amarela”, completou.
Com relação à febre
amarela, Nísia buscou tranquilizar a população. “É importante salientar
que o cenário não é de desespero. Temos vacina suficiente para
aplicarmos naqueles que necessitam, e os que não precisam, peço que, por
favor, não façam uso da medicação, pois estarão retirando do
público-alvo”, destacou.
O subsecretário de Vigilância em Saúde
do Estado do Rio, Alexandre Chieppe, reforçou o pedido da presidente da
Fiocruz para o uso consciente da vacina e fez questão de ressaltar ao
povo fluminense que, hoje, o Rio de Janeiro é um estado sem quaisquer
indícios da febre amarela.
“O povo do estado do Rio pode ficar
tranquilo quanto a isso. Claro que estamos alertas, afinal, um dos
nossos estados vizinhos está passando por um surto da doença, mas no
nosso não existe nenhum indício da febre amarela”, destacou.
“O
que estamos realizando são ações de prevenção, como um cinturão de
vacinas em cidades que ficam na divisa com Minas Gerais, e oferecendo a
medicação para aqueles que viajarão, com um prazo de dez dias de
antecedência, para Minas. Temos vacinas o suficiente para dar conta de
toda essa demanda, contanto que a sociedade colabore e não vá ao posto
de saúde procurando se vacinar sem necessidade”.
Fonte: Agência Brasil
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