O mercado financeiro espera que a inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 4,81% este ano. A
projeção está no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC)
feita com instituições financeiras e divulgada sempre às
segundas-feiras. Na semana passada, a previsão para o IPCA era 4,87%.
A
expectativa é de que a inflação de 2017 se situe bem abaixo da
projetada para 2016, cuja estimativa passou de 6,38% para 6,35%, entre a
primeira semana de janeiro e esta semana.
Para a Selic, taxa
básica de juros da economia, a previsão do mercado foi mantida em 10,25%
ao ano. As instituições financeiras, portanto, apostam na continuidade
da trajetória de redução dos juros.
Diante da recessão econômica e
da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que pode intensificar o
corte da taxa básica. Nas duas últimas decisões, o Comitê de Política
Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual.
Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano. A próxima reunião do Copom
começa amanhã (10) e a decisão em relação à Selic será anunciada na
terça (11).
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar
a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom
aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera
reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a
tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e
ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
A projeção de
instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno
Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) este
ano permanece em 0,50%.
Fonte: Agência Brasil
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