A reforma da Previdência anunciada pelo governo propõe mudanças nas
regras de aposentadoria para muita gente. Se passar, com a alteração da
idade e do tempo de contribuição, vai manter muito trabalhador ativo no
mercado de trabalho por mais tempo. A boa notícia é que ela não deve
atingir quem está prestes a se aposentar.
É o caso do Luis Vieira
da Silva, de 70 anos. Ele deu entrada no processo de aposentadoria após
contribuir por 23 anos e, por isso, vai se aposentar por idade. Caso
contrário, ainda teria que contribuir por pelo menos 25 anos a mais.
“Agora que estou com 70 anos, passou cinco anos. Em janeiro vai mudar
tudo agora e também é a hora”, disse.
Outra boa notícia é para
quem já atingiu o tempo para se aposentar, mas optou por continuar
trabalhando, como explica o secretário de Políticas da Previdência,
Benedito Brunca.
“O direito adquirido também está resguardado não
importa se ela vai exercer imediatamente esse direito. Ou se ela vai
aguardar dois, seis meses ou até após a provação da PEC, mesmo que seja
ela aprovado nos exatos termos que foi proposta, o direito está
garantido se esta regra atual for mais vantajosa para esta pessoa”,
afirmou o secretário.
A proposta não altera a aposentadoria de
policiais, bombeiros, nem militares. Em compensação, proíbe o acúmulo de
pensões e retira a aposentadoria especial de trabalhadores do campo,
que seguirão as mesmas regras dos demais.
E para receber o teto
do INSS, que hoje é de quase R$ 5,2 mil, o brasileiro terá que
contribuir por, no mínimo, 49 anos. É possível parar antes, a partir dos
25 anos de contribuição. Mas, para isso, é preciso ter pelo menos 65
anos de idade. Neste caso, o valor da aposentadoria será menor.
Fonte: Agência Brasil
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