Os testes clínicos com a fosfoetanolamina sintética para tratamento
do câncer começam hoje (25) na capital paulista. Nesta primeira fase,
dez pacientes receberão a medicação, conhecida como pílula do câncer, e
serão monitorados por uma equipe multiprofissional do Instituto do
Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
Posteriormente, serão
testados mais 21 pacientes para dez tipos de tumores: cabeça e pescoço,
pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas,
estômago e fígado. Se os resultados se mostrarem positivos, serão
incluídos novos pacientes, até o limite máximo de mil pessoas.
Os
testes foram aprovados na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, do
Ministério da Saúde. A Fundação para o Remédio Popular (Furp),
laboratório oficial da secretaria de Saúde do estado, forneceu as
cápsulas da substância para realização da pesquisa.
Segundo a
Secretaria de Saúde, o pesquisador aposentado da Universidade de São
Paulo (USP) de São Carlos Gilberto Chierice vai acompanhar todo o
processo.
A fosfoetanolamina sintética foi estudada por Chierice,
enquanto ele ainda estava ligado ao Grupo de Química Analítica e
Tecnologia de Polímeros da universidade. Algumas pessoas tiveram acesso
às cápsulas contendo a substância, produzidas pelo professor, que usaram
como medicamento contra o câncer.
Em 2014, a USP proibiu a
produção de qualquer tipo de substância que não tivesse registro, caso
das fosfoetanolamina sintética. Pacientes que faziam uso do medicamento e
disseram notar melhora no quadro de saúde recorrem à Justiça e ganharam
o direito de acesso à droga.
Fonte: Agência Brasil
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