A partir deste mês, a rede pública de saúde vai passar a oferecer a
vacina contra o HPV para meninos de 12 a 13 anos como parte do
Calendário Nacional de Vacinação. A faixa etária, de acordo com o
Ministério da Saúde, será ampliada gradativamente até 2020, período em
que serão incluídos meninos de 9 a 13 anos.
A expectativa da
pasta é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos este ano, além de 99,5
mil crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com HIV/aids no Brasil.
Serão adquiriras, ao todo, 6 milhões de doses ao custo de R$ 288,4
milhões.
De acordo com o governo federal, o Brasil é o primeiro
país da América Latina e o sétimo no mundo a oferecer a vacina contra o
HPV para meninos em programas nacionais de imunização. Estados Unidos,
Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá já fazem a distribuição
da dose para adolescentes do sexo masculino.
Duas doses
O
esquema vacinal contra o HPV para meninos será de duas doses, com seis
meses de intervalo entre elas. Já para os que vivem com HIV, o esquema
vacinal é de três doses, com intervalo de dois e seis meses,
respectivamente. Nesses casos, é necessário apresentar prescrição
médica.
A doença
HPV é a sigla em inglês
para papiloma vírus humano, capazes de infectar a pele ou as mucosas.
Existem mais de 150 tipos, sendo que cerca de 40 podem infectar o trato
ano-genital.
A infecção é muito frequente, mas transitória,
regredindo espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de
casos nos quais a infecção persiste, pode ocorrer o desenvolvimento de
lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem
progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na
vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Pelo menos 13
tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou
probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a
lesões precursoras. Dentre eles, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70%
dos casos de câncer do colo do útero.
Fonte: EBC
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