O otimismo do mercado de trabalho determinou que o Indicador
Antecedente de Emprego (IAEmp) subisse 2,8 pontos em junho deste ano,
comparativamente a maio, alcançando 82,2 pontos, o maior nível desde os
83 pontos registrados em abril de 2014. Os dados fazem parte da pesquisa
Indicadores do Mercado de Trabalho, divulgada hoje (6) pelo Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Na
avaliação dos economistas da FGV, o resultado de junho sinaliza “uma
tendência de arrefecimento das taxas negativas de evolução do total de
pessoal ocupado na economia brasileira durante os próximos meses.”
Como
reflexo do melhor otimismo em relação aos indicadores relativos ao
mercado de trabalho, os dados da pesquisa mostram o Indicador
Coincidente de Desemprego (ICD) recuando 1,9 ponto em junho, para 97,6
pontos, após subir 3,9 pontos em maio, retornando ao nível de outubro do
ano passado.
Para o economista Itaiguara Bezerra, da FGV, o
mercado de trabalho começa a dar sinais de atenuação do ritmo de queda
do emprego. “A evolução dos Indicadores de Mercado de Trabalho nos
últimos meses vem sinalizando que as empresas estão calibrando o ritmo
de ajuste de seus efetivos de mão de obra, um movimento em consonância
com os resultados mais recentes das pesquisas quantitativas, que começam
a mostrar uma atenuação do ritmo de queda do emprego”, disse.
Destaques
Os
dados da FGV indicam que houve melhora tanto no Indicador Antecedente
de Emprego quanto no Indicador Coincidente de Desemprego, de maio para
junho. Os componentes que mais contribuíram para a alta do Indicador
Antecedente de Desemprego, em junho, foram os que medem o ímpeto de
contratações nos próximos três meses e a situação dos negócios para os
próximos seis meses, ambos da Sondagem de Indústria, que variaram,
respectivamente, 8,7 e 7,6 pontos.
Já no Indicador Coincidente de Desemprego contou com a contribuição
positiva dos consumidores de todas as classes de renda, com destaque a
dos que têm renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo indicador
de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) recuou
4,9 pontos.
Fonte: Agência Brasil
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