Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam
pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano, na
reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), que
começa amanhã (19) e termina quarta-feira (20).
Mas até o final
do ano, a expectativa é de redução da taxa básica. De acordo com as
projeções, ao final de 2016 a Selic estará em 13,25% ao ano. Em 2017, a
expectativa é de mais cortes na taxa Selic, que encerrá o período em 11%
ao ano.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso
gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito
e estimulam a poupança.
Já quando o Copom reduz os juros
básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram
suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
Meta de inflação
O
BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica
de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta
estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta de inflação é de
4,5%, com limite superior de 6,5% este ano e 6% em 2017.
A expectativa de redução na taxa Selic acompanha uma estimativa de
inflação menor no próximo ano. Para 2017, as instituições financeiras
projetam inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), abaixo do teto da meta, em 5,30%, mas ainda longe do
centro do objetivo. A projeção anterior para o IPCA em 2017 era 5,40%.
Para este ano, a estimativa para o IPCA foi mantida em 7,26%, portanto,
acima do limite superior da meta.
Atividade econômica
Os
números constam do Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central. A
estimativa de instituições financeiras para a queda do Produto Interno
Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi
ajustada de 3,30% para 3,25%, neste ano. Para 2017, a estimativa de
crescimento subiu de 1% para 1,1%.
A projeção para a cotação do
dólar foi alterada de R$ 3,40 para R$ 3,39, no fim deste ano, e de R$
3,55 para 3,50, no fim de 2017.
Fonte: Agência Brasil
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