A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu e bateu novo
recorde no início deste ano. A taxa chegou a 486,8% ao ano, em janeiro,
informou hoje (23) o Banco Central (BC). A tarifa subiu 2,2 pontos
percentuais em relação a dezembro e foi a maior da série histórica
iniciada em março de 2011.
O rotativo é o crédito tomado pelo
consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. A
taxa do crédito parcelado também subiu e ficou em 161,9% ao ano, alta
de 8,1 ponto percentual em relação a dezembro.
Outra taxa de
juros alta na pesquisa mensal do BC é a do cheque especial, que ficou em
328,3% ao ano, com uma pequena redução em relação a dezembro de 0,3
ponto percentual.
A taxa média de juros para as famílias ficou em 72,7% ao ano, em janeiro, com alta de 1 ponto percentual em relação a dezembro.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou estável em 6%.
A
taxa de inadimplência das empresas subiu 0,2 ponto percentual para
5,4%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas subiu 1 ponto
percentual para 28,8% ao ano.
Esses dados são do crédito livre em
que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e
definir as taxas de juros.
No caso do crédito direcionado
(empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente,
aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros
para as pessoas físicas ficou estável em 10,4% ao ano. A taxa cobrada
das empresas subiu 1,6 ponto percentual para 12,5% ao ano. A
inadimplência das famílias subiu 0,1 ponto percentual para 1,8% e das
empresas permaneceu em 1,8%.
O saldo de todas as operações de
crédito concedido pelos bancos ficou em R$ 3,073 trilhões, com queda de
1% em janeiro, comparado a dezembro. Em 12 meses, a retração ficou em
3,9%.
Esse saldo correspondeu a 48,7% de tudo o que o país produz
– Produto Interno Bruto (PIB), em janeiro. Em dezembro, esse percentual
era 49,4% do PIB.
Fonte: Agência Brasil
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