Em um dias quentes, nada melhor do que se refrescar com toda família no mar ou dentro de uma piscina. No entanto, é preciso ter alguns cuidados com as crianças nessas situações e atenção redobrada perto da água. O maior risco para os pequenos é o afogamento, um dos principais responsáveis por óbitos em menores que quatro anos de idade no Brasil.
Esse tipo de acidente normalmente ocorre de forma silenciosa e, depois de alguns minutos de submersão, a vítima pode ficar com sequelas neurológicas graves ou até falecer, por isso, a prevenção é tão importante. A supervisão ininterrupta de um adulto é essencial e o uso de boias, em forma de colete, é recomendado para aquelas que ainda não sabem nadar ou estão aprendendo.
De acordo com o ortopedista André Andujar, do Hospital Infantil Joana de Gusmão (SC) e membro da Comissão de Ensino e Treinamento da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), é importante, também, conversar com as crianças sobre os perigos de fazer brincadeiras agressivas à beira da piscina e orientá-las a conferir a profundidade dos locais em que vão mergulhar. “O chamado salto em água rasa pode provocar lesões graves na coluna e até morte por afogamento”, afirma.
Se estiver na praia, procure se instalar em locais próximos aos salva-vidas, longe de cais, embarcações e rochas. Pergunte a alguém que já conheça a praia onde há bancos de areia ou correnteza forte e mantenha distância deles.
Há ainda o perigo de os adultos se distraírem e a criança entrar na água sozinha. Por isso, providencie cercas de pelo menos 1,5m de altura e espaço entre grades menor ou igual a 12 centímetros para a piscina, de preferência, com um portão e tranca. Brinquedos aquáticos devem ser mantidos fora da piscina se os adultos não estiverem por perto, pois tendem a atrair a garotada.
Criança perdida
Outra ameaça a que os pais devem ficar atentos, principalmente em praias lotadas, é o de se perderem do filho. É difícil para os pequenos se orientar na areia, pois, geralmente, não existem pontos de refercia que possam ser identificados facilmente. Para se precaver, você pode fazer uma pulseirinha à prova d’água e colocar no seu filho, estampando seu nome, o nome dele e o telefone de contato. Em alguns locais, como na baixada santista, a pulseirinha é oferecida gratuitamente pelo Corpo de Bombeiros. Caso a criança se perca sem identificação, procure o bombeiro ou salva-vidas mais próximo.
Problema gastrintestinais
Durante os passeios na praia, não se pode descuidar da alimentação. Por conta do calor, os alimentos se deterioram com mais facilidade, o que é capaz de provocar problemas gastrointestinais. A recomendação é levar lanches de casa, como frutas picadas e sucos naturais, em uma bolsa térmica. Se não for possível e, eventualmente, seu filho quiser tomar um sorvete, dê preferência aos produtos industrializados, pois não há como saber a procedência da água com que foram preparados os caseiros.
Nessa época do ano, só consuma frutos do mar em locais que você conhece, pois, se não forem armazenados corretamente, têm grande risco de provocar intoxicação alimentar. E evite pratos com maionese, que costuma estragar rapidamente.
Fonte: Crescer
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