Nos dias mais frios do ano, os pais passam a se preocupar com a temperatura. Manter o bebê aquecido e evitar o ressecamento
da pele são algumas das prioridades. No entanto, é importante lembrar
que, mesmo no inverno, os cuidados com o sol não devem ser deixados de
lado. Ainda que o dia esteja frio e nublado, não dá para abrir mão da
proteção da pele das crianças.
Segundo a dermatologista Lorenza
Belluzzi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD),
independentemente da estação do ano, o melhor horário para expor o bebê
ao sol
é antes das 10h e depois das 16h, por cerca de 10 a 15 minutos. Após
esse período ou em outros horários do dia, é preciso adotar medidas de
proteção.
“A exposição solar excessiva pode levar a consequências agudas, como queimaduras, manchas, acne
e melasma, entre outras. Em longo prazo, é o principal fator de risco
para o câncer de pele, além do fotoenvelhecimento”, alerta Lorenza.
Como proteger seu bebê
Nos bebês menores de 6 meses, a única forma de proteção possível é a física, já que eles ainda não podem usar filtro solar.
Ao vestir seu filho, prefira blusas de mangas compridas e apoiste em
acessórios, como chapéus e bonés. Roupas com proteção solar também podem
ser de grande ajuda. Vale lembrar que a exposição direta ao sol não é
recomendada para bebês dessa idade, a menos que haja orientação médica.
A
partir dos 6 meses, o uso do protetor solar é permitido, desde que o
produto seja adequado para a faixa etária. O ideal é que o fator de
proteção solar (FPS) seja igual ou superior a 30. As peles mais claras
pedem fatores mais altos.
É importante se certificar de passar o
protetor solar em todo o corpo do bebê, o que inclui a região da cabeça
nas crianças que são carecas ou possuem pouco cabelo. Não se esqueça de
reaplicar o produto várias vezes ao longo do dia.
Queimaduras
Mesmo com todo cuidado, qualquer deslize pode causar queimaduras na pele do bebê, que é mais fina e frágil do que a do adulto.
As
queimaduras podem ser divididas em três graus, sendo que as de primeiro
grau são caracterizadas por lesões avermelhadas, quentes e dolorosas na
pele. Já as de segundo grau apresentam bolhas e geram muita dor,
podendo levar a cicatrizes
e sintomas sistêmicos, como febre, desidratação e distúrbios
hidroeletrolíticos, quando a pessoa perde grande quantidade de líquido e
eletrólitos (minerais como potássio, cálcio e sódio). Por fim, nas
queimaduras de terceiro grau também há a presença de bolhas, porém, elas
costumam ser indolores, porque as terminações nervosas também são
danificadas, e raramente ocorrem por conta do sol.
“Nos casos de
exposição exagerada ao sol, o ideal é utilizar cremes hidratantes,
loções calmantes, compressas geladas de chá camomila e águas termais. A
ingestão de água também é muito importante nesses casos, para evitar a
desidratação. Nas situações mais graves, com formação de bolhas, a
criança deve ser levada ao pronto socorro para avaliação do pediatra”, diz Lorenza.
Fonte: Crescer
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