Aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de
epilepsia, um tipo de transtorno mental crônico que afeta homens e
mulheres de todas as idades. Os números, divulgados pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), posicionam a epilepsia como uma das doenças
neurológicas mais comuns no planeta.
No Dia Internacional da
Epilepsia, lembrado hoje (13), a entidade alertou que quase 80% dos
casos registrados globalmente estão em países de baixa e média renda. Os
dados revelam que três quartos das pessoas com a doença que vivem
nessas localidades não recebem tratamento adequado – ainda que o
transtorno responda aos remédios em até 70% dos pacientes.
“Em muitas partes do mundo, pessoas com epilepsia e suas famílias sofrem com o estigma e a discriminação”, destacou a OMS.
Doença
A
epilepsia é caracterizada por convulsões recorrentes – breves episódios
de movimento involuntário que podem envolver uma parte do corpo ou todo
o corpo, algumas vezes acompanhados de perda de consciência e do
controle da bexiga ou do intestino.
Os episódios de convulsão são
resultado de descargas elétricas excessivas num grupo de células
cerebrais, sendo que diferentes partes do cérebro podem ser atingidas
pelo problema. As convulsões podem variar entre breves lapsos de atenção
e espasmos musculares até episódios prolongados e severos.
Uma
única convulsão não necessariamente significa diagnóstico de epilepsia,
já que até 10% da população global apresenta pelo menos um episódio
desses ao longo da vida. A doença é caracterizada após o registro de
duas ou mais convulsões não provocadas.
“A epilepsia é uma das
mais antigas condições reconhecidas no mundo, com registros escritos
datando de 4000 a.C. Medo, desconhecimento, discriminação e estigma
social têm cercado a epilepsia há séculos. Esse estigma permanece em
diversos países atualmente e pode impactar na qualidade de vida das
pessoas com o transtorno e suas famílias”, informou a OMS.
Sinais e sintomas
As
características das convulsões variam e dependem da parte do cérebro
inicialmente afetada pelo transtorno e do quão rápido ele se espalha.
Sintomas temporários podem ocorrer, como perda de consciência, além de
perturbações de movimento, sensação (incluindo visão, audição e paladar)
e humor.
Pessoas com convulsões tendem a apresentar mais
problemas físicos, como fraturas e contusões provocadas pelos episódios,
assim como taxas mais altas de condições psicológicas, incluindo
ansiedade e depressão. Além disso, o risco de morte prematura em
pacientes com epilepsia chega a ser três vezes maior que na população em
geral, sendo que as maiores taxas são registradas em países de baixa e
média renda.
“Grande parte das causas de morte relacionadas à
epilepsia em países de baixa e média renda são potencialmente
preveníveis, como quedas, afogamento, queimaduras e convulsões
prolongadas”, acrescentou a OMS.
Causas
A
epilepsia não é contagiosa. O tipo mais comum, denominado epilepsia
idiopática, afeta seis entre dez pessoas com a doença e não tem causa
definida. Já o tipo de epilepsia de causa conhecida é denominado
epilepsia secundária ou epilepsia sintomática. As principais causas,
nesses casos, são:
- dano cerebral provocado por lesões
pré-natais ou perinatais, como perda de oxigênio ou trauma durante o
parto e baixo peso ao nascer;
- anormalidades congênitas ou condições genéticas associadas a malformações cerebrais;
- ferimento grave na cabeça;
- derrame que limite a quantidade de oxigênio no cérebro;
- infecções do cérebro, como meningite, encefalite e neurocisticercose;
- determinadas síndromes genéticas;
- tumor cerebral.
- anormalidades congênitas ou condições genéticas associadas a malformações cerebrais;
- ferimento grave na cabeça;
- derrame que limite a quantidade de oxigênio no cérebro;
- infecções do cérebro, como meningite, encefalite e neurocisticercose;
- determinadas síndromes genéticas;
- tumor cerebral.
Fonte: EBC
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