Um anos depois da declaração de emergência internacional sobre o Zika, a
diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan,
afirmou que, em grande parte do mundo o vírus está “firmemente
entrincheirado”, apesar de existirem “incertezas” relacionadas à doença.
Ao fazer um balaço das ações para combater o vírus, adotadas nos
últimos 12 meses, Chan estimou que antes de 2020 não será licenciada uma
vacina segura contra o Zika.
“De acordo com as recomendações da OMS, algumas abordagens inovadoras
para o controle dos mosquitos estão sendo experimentadas de maneira
piloto em vários países, com resultados promissores. Cerca de 40 vacinas
estão em preparação. Enquanto alguns avançaram para ensaios clínicos,
uma vacina julgada segura o suficiente para uso em mulheres em idade
fértil pode não ser totalmente licenciada antes de 2020”, disse Chan em
evento realizado ontem (1º) em Genebra, na Suíça.
A
diretora-geral da OMS lembrou que o surto da doença revelou falhas nos
serviços de planejamento familiar e o desmantelamento de programas
nacionais de controle de mosquitos. Segundo Chan, passada a fase mais
aguda do problema, os países precisam tratar do Zika de forma continuada
e em longo prazo.
“A OMS e os países afetados precisam manejar o
Zika não em uma situação de emergência, mas da mesma forma continuada
com que respondemos a outros patógenos propensos a epidemias, como
dengue e chikungunya, que vem e vão em ondas recorrentes de infecção”,
alertou. Para isso, de acordo com ela, a OMS vai criar um “mecanismo
interorganizacional” para fornecer orientações continuadas a
intervenções eficazes e apoio às famílias nos países com circulação do
vírus.
Para Margaret Chan, a declaração de emergência internacional estimulou uma resposta intensa e coordenada e atraiu financiamento necessário para desenvolvimento de pesquisas. Ela lembrou que os estudos desenvolvidos por cientistas conseguiram provar que a infecção pelo Zika causa microcefalia e desencadeia a Síndrome de Guillain-Barré.
Para Margaret Chan, a declaração de emergência internacional estimulou uma resposta intensa e coordenada e atraiu financiamento necessário para desenvolvimento de pesquisas. Ela lembrou que os estudos desenvolvidos por cientistas conseguiram provar que a infecção pelo Zika causa microcefalia e desencadeia a Síndrome de Guillain-Barré.
Mesmo assim, a diretora-geral da OMS fez um
alerta de que a propagação internacional do vírus se manteve, apesar da
melhoria dos sistemas de vigilância. “Cerca de 70 países e territórios
das Américas, da África, Ásia e do Pacífico Ocidental têm relatado casos
desde 2015. As consequências documentadas para recém-nascidos têm
crescido para uma longa lista de distúrbios conhecida como “Síndrome
Congênita do Vírus Zika”. Sabemos que o vírus pode ser transmitido por
relações sexuais, acrescentando mais recomendações preventivas para as
mulheres em idade fértil”, disse.
Fonte: Agência Brasil
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