quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Crédito para pessoa física sobe quase 800% em 10 anos, diz estudo


Foram R$ 715,264 bi em junho último, ante R$ 82,5 bi em junho de 2003.
Volume total de crédito subiu 500% no período, a R$ 2,531 tri em junho.

O volume de crédito no país cresceu mais de 500% em dez anos, passando de 24,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2003 para 55,2% em 2013, aponta estudo divulgado nesta terça-feira (17) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
A inadimplência geral atingiu em junho deste ano 5,2% do total de empréstimos, contra 8,8% em junho de 2003 queda de 3,6 pontos percentuais
O levantamento leva em conta o volume de crédito total (estoque) concedido pelo conjunto total do sistema financeiro em junho de 2003 e junho de 2013.
O volume total de crédito do sistema financeiro (recursos livres e recursos direcionados) atingiu em junho de 2013 R$ 2,531 trilhões (55,2% do PIB), contra R$ 381 bilhões em junho de 2003 (24,7% do PIB), alta de 563,8% no período.
Com relação ao crédito para pessoa física, a alta é ainda maior, de 766,7% no período. O volume atingiu R$ 715,264 bilhões em junho deste ano, contra R$ 82,5 bilhões em junho de 2003.
No crédito para pessoa jurídica, o volume atingiu R$ 730,3 bilhões em junho de 2013 contra R$ 132,2 bilhões em junho de 2003, um crescimento de 452,4% no período.
A entidade destaca que a inflação no período medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 70,57%.
“As condições de crédito apresentaram substancial melhora com forte expansão do volume emprestado, redução das taxas de juros, redução dos spreads bancários (diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas de juros cobradas dos clientes), aumento dos prazos médios de financiamento e redução da inadimplência mesmo com todo este crescimento no crédito”, diz a divulgação.
Apesar do crescimento, o volume total do crédito do país ainda é baixo na comparação com as principais economias do mundo, onde a parcela chega a atingir mais de 100% do PIB, destaca, em nota, Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor de pesquisas econômicas da associação.
A análise também aponta que melhora na elevação do prazo médio dos financiamentos, que cresceram mais de 400% nesses 10 anos.
Juros
O levantamento também analisou as taxas de juros médias anuais para pessoa física, para pessoa jurídica e geral no período. As taxas das operações de crédito com recursos livres estavam, em junho deste ano, em 26,5% ao ano, contra 56,7% ao ano em junho de 2003, uma redução de 30,2 pontos percentuais no período.
Para pessoa jurídica as taxas atingiram na média 19,3% ao ano em junho de 2013, contra 38,6% ao ano em junho de 2003, uma redução de 19,3 pontos percentuais no período.
Para pessoa física, as taxas de juros atingiram na média 34,9% ao ano em junho de 2013, contra 81,4% ao ano em junho de 2003, uma redução de 46,5 pontos percentuais no período.
Inadimplência e spread
A inadimplência geral (tudo que está vencido a mais de 90 dias) atingiu em junho deste ano 5,2% do total de empréstimos, contra 8,8% em junho de 2003 uma redução de 3,6 pontos percentuais no período.
O spread bancário, por sua vez, também caiu: estava em 16,7% ao ano em junho deste ano, contra 33,2% ao ano em junho de 2003, uma redução de 16,5 pontos percentuais no período.
Fonte: G1

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