Fazer os gastos do mês caberem no orçamento mensal é uma tarefa difícil para muitos e fácil para uns poucos. Especialistas em finanças explicam que com medidas simples, como usar uma planilha de gastos, o consumidor pode ter controle das contas familiares. Mas para isso ocorrer, é preciso disciplina para anotar tudo o que se gasta. Do cafezinho da esquina a prestação de um eletrodoméstico, por exemplo.
“Numa planilha de gastos você consegue ver, de forma clara, o que é necessário e o que é supérfluo. Agora, além de anotações periódicas, é fundamental voltar às anotações no fim do mês para analisar os gastos e fazer um comparativo com o mês anterior”, ensina Marcos Figueiredo, supervisor de investimentos do Banco Santander.
O especialista financeiro diz que até no mercado e na farmácia podem ser detectados compras desnecessárias. “Sendo um mês difícil, o iogurte e o chocolate, por exemplo, podem ser cortado facilmente da lista de compras. É importante também não confundir remédio com cosmético, já que, esse último, costuma ‘abocanhar’ boa fatia da despesa sem necessidade, muitas vezes”, observa Figueiredo, informando que despesa com celular é outro vilão de quem precisa economizar.
POUPANÇA É BOA OPÇÃO
Destinar parte de seu salário para aplicações como a poupança é uma das dicas do economista do Santander. Para ele, quem tem até R$ 10 mil disponíveis o melhor caminho é a poupança. “A caderneta tem liquidez diária, é simples e segura. Contudo, não se deve depositar um dinheiro que, em menos de um mês, terá que ser resgatado para pagar despesas fixas. É importante separar uma sobra do salário que você possa ‘esquecer’ na aplicação. Senão a pessoa nunca verá seu dinheiro render”, diz.
Sete em cada 10 na classe média brasileira têm dívidas
Mais de 70% da classe média têm dívidas, aponta levantamento do GuiaBolso.com, um consultor financeiro online. Em junho, os cerca de 10 mil usuários cadastrados na plataforma informaram estar devendo.
“Números oficiais indicam que cerca de 35 milhões de brasileiros entraram na classe média nos últimos dez anos, tendo grande acesso ao crédito, mas sem o acompanhamento e sem noção de educação financeira efetiva”, relata Thiago Alvarez, cofundador do guia na internet.
A pesquisa mostra ainda que nas classes A e B os números não são muito diferentes, com 49% dos usuários com dívidas que comprometem um valor superior a um terço da receita mensal da família.
A vendedora Ana Maria Peçanha, de 62 anos, que ontem fazia compras num mercado do Centro, disse que parou de usar o cartão de crédito para evitar acúmulo de mais débitos.
“Depois que passei um sufoco para pagar uma dívida por falta de controle de gastos a prazo, agora só pago no cartão de débito. É a forma que encontrei para controlar minhas finanças”, relata a vendedora.
Fonte: O Dia
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