Ler e entender a composição do produto favorece a manutenção de uma dieta equilibrada
Quem
nunca se embananou para ler um rótulo? São tantos termos incomuns,
além das letras invariavelmente miúdas que, muitas vezes, o consumidor
termina se cansando e parando no meio da lista de ingredientes. Mas,
assim como bula de remédio, é fundamental prestarmos atenção a ele, pois
dele depende a bandeira verde para levar o item para casa ou o cartão
vermelho para dispensar na própria prateleira.
Fique atento, é
nele onde ficam aquelas substâncias às quais pode-se ter alergia ou
intolerância, e todos os conservantes químicos. Márcia Gowdak, diretora
dos departamentos de Nutrição da Sociedade Brasileira de Hipertensão
(SBH) e da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), dá
uma ajudinha aos leitores de Sabores e dá dicas de como avaliar um
rótulo corretamente.
Segundo Márcia, de acordo com a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), absolutamente todos os
rótulos devem trazer as seguintes informações: valor energético (calo
rias), carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas,
gorduras trans, fibra alimentar e sódio. “Outro dado obrigatório é a
lista de ingredientes que compõem aquele alimento. Na descrição, o
primeiro que aparece é sempre o que está presente em maior quantidade”,
detalha a nutricionista.
Uma informação nova foi adicionada há
pouco tempo aos rótulos do Brasil, e ainda não é obrigatória: o
Guidelines Daily Amount. É uma forma mais direta de mostrar
ao consumidor algumas informações importantes da tabela nutricional e,
assim, auxiliá-lo a escolher os produtos. Os valores destacados em
círculos se referem à porção diária recomendada de consumo ou unidade do
alimento. São descritos cinco nutrientes chave: valor energético,
açúcares, gorduras totais, gordura saturada e sódio.
Outros Termos
O
que é “porção recomendada?” Representa a quantidade média do alimento
que deveria ser consumida por adulto sadio em cada refeição dentro de
uma dieta de duas mil calorias diárias. O rótulo da embalagem aponta a
quantidade de sódio presente no produ to ou na porção recomendada.
Contudo,
para os ingredientes que serão diluídos com outros, como os caldos em
cubo, é preciso considerar a informação nutricional referente à porção
do alimento preparado. E as gorduras? Citá-las também é outra
obrigatoriedade dos fabricantes e elas são dividi das em totais,
saturadas e trans. As gorduras insaturadas podem constar ou não.
“Aqui é importante diferenciar. A gordura saturada, em grandes
quantidades, é considerada ruim para o nosso organismo, pois contribui
para o aumento do colesterol. Da mesma forma a gordura trans, pode
elevar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Por outro lado,
as insaturadas são conheci das como gorduras ‘boas’, já que ajudam a
diminuir o coles te rol ruim, o triglicérides e a pres são arterial”,
explica Gowdak.
Já a quantidade de calorias é calculada com base
em fatores como idade, peso e atividade física praticada, portanto a
indicação nos rótulos que consideram uma dieta diária de duas mil
calorias é apenas para orientar a ingestão de nutrientes. Quando você lê
%VD, entenda como Porcentual de Valor Diário. O termo passa qua se
despercebido, mas ele é importante pois representa o quanto aquela
porção do alimento contribui para atingir os valores diários de
nutrientes que uma pessoa deve consumir para manter uma dieta de 2000
kcal.
Fonte: Folha de Pernambuco
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