sexta-feira, 24 de junho de 2016

Campanha mundial alerta sobre riscos de cordões de cortina e persianas

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“Cordões em persianas e cortinas: perigo para todas as crianças” é o tema de campanha mundial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), envolvendo mais de 20 países — incluindo, além do Brasil, Estados Unidos, México e membros da União Europeia —, de hoje até a próxima quinta-feira, dia 30.
É raro quem olhe para cortinas e persianas e consiga enxergar um potencial de risco de acidente para os pequenos. Mas o fato é que os cordões dos dois acessórios foram responsáveis, só nos Estados Unidos, por cerca de 200 mortes, de 1996 a 2012. A Comissão de Segurança de Produtos americana (CPSC, sigla em inglês) recebe um um relato por mês de morte de criança por sufocamento com cordões de persianas e cortinas. No Brasil, em 15 anos, foram relatados 540 casos de enforcamento. A estatística brasileira não determina o que levou ao acidente, no entanto, especialistas avaliam que nossa realidade deve ser bastante semelhante à americana.
— Embora não tenhamos estatísticas no Brasil, não temos porque achar que a realidade é diferente do que mostram os números das entidades de segurança dos EUA e da União Europeia. O objetivo com a campanha é aumentar a conscientização do risco e incentivar o registro dos acidentes. Sabemos que há uma subnotificação, até porque, muitas vezes, o sentimento de culpa dos responsáveis, que não deveria existir, inibe o registro — ressalta Paulo Coscarelli, assistente da Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro, órgão que coordena a campanha no país, com apoio da ONG Criança Segura e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
O maior risco de acidente é com crianças entre zero e 6 anos de idade. Mas segundo Coscarelli, a maior parte dos casos registrados são de crianças na faixa dos 4 anos, que já se movimentam sozinhas pela casa. O laço dos cordões, em altura acessível é o maior risco ao enforcamento, diz ele, acrescentando que uma medida eficaz é cortar o cordão, deixando duas cordas paralelas.
— Nesse caso, continua o risco da criança se pendurar nelas, mas o de enforcamento é bastante reduzido — explica Coscarelli
Fonte: Diário do Consumidor

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