A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em maio. De
acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (28), a taxa do
cheque especial subiu 2,6 pontos percentuais, de abril para maio, quando
ficou em 311,3% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica do BC,
iniciada em julho de 1994. Em 12 meses, essa taxa já subiu 79,3 pontos
percentuais.
A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito é
ainda maior: chegou a 471,3% ao ano, em maio, com alta de 18,9 pontos
percentuais em relação a abril. Em 12 meses, a taxa subiu 111 pontos
percentuais.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando
parcela o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com
taxa de juros mais alta na pesquisa do BC.
A taxa média das
compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de
crédito e dos saques parcelados caiu 1,5 ponto percentual para 148,9% ao
ano.
A taxa do crédito pessoal, sem considerar operações
consignadas (com desconto das prestações em folha de pagamento), caiu
0,9 ponto percentual para 129,9% ao ano. A taxa do crédito consignado
caiu 0,1 ponto percentual para 29,6% ao ano.
A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 0,7 ponto percentual para 71,7% ao ano.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas subiu 0,1 ponto percentual para 6,3%.
No
caso das empresas, a taxa de inadimplência subiu 0,3 ponto percentual
para 5,4%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas caiu 0,5
ponto percentual para 30,6% ao ano.
Esses dados são do crédito
livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no
mercado e definir as taxas de juros.
No caso do crédito
direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados,
basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa
de juros para as pessoas físicas subiu 0,4 ponto percentual para 10,4%
ao ano. A taxa cobrada das empresas subiu 0,2 ponto percentual para
11,8% ao ano.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos subiu
0,1%, em maio, quando ficou em R$ 3,144 trilhões. Esse valor
correspondeu a 52,4% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto
(PIB), ante o percentual de 52,6% registrado em abril deste ano.
Fonte: EBC
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