O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve
reduzir o ritmo de cortes na taxa básica, a Selic, e já antevê o fim do
ciclo de redução dos juros. A indicação consta da ata da última reunião
do Copom, divulgada hoje (12).
No último dia 6, o Copom reduziu a Selic pela oitava vez seguida. Por unanimidade, o comitê fez mais um corte de 1 ponto percentual, de 9,25% ao ano para 8,25% ao ano.
“O
Copom ressalta que as condições econômicas permitiram a manutenção do
ritmo de flexibilização monetária nesta reunião. Para a próxima reunião,
caso o cenário básico evolua conforme o esperado, e em razão do estágio
do ciclo de flexibilização, o comitê vê, neste momento, como adequada
uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária”, diz o
Copom. Acrescenta que “antevê encerramento gradual do ciclo”.
Expectativas para a inflação
Na
ata, o comitê avalia que a queda nos preços de alimentos e da inflação
de bens industriais pode produzir uma trajetória de inflação abaixo do
esperado. Por outro lado, acrescenta o Copom, uma frustração das
expectativas sobre a continuidade das reformas e dos ajustes necessários
na economia brasileira pode elevar a trajetória.
O comitê lembra que a projeção do mercado para a inflação está em 3,4% este ano e em 4,2%, em 2018.
Reformas
“Todos
os membros do comitê voltaram a enfatizar que a aprovação e
implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de
ajustes na economia brasileira são fundamentais para a sustentabilidade
do ambiente com inflação baixa e estável, para o funcionamento pleno da
política monetária [decisões sobre a Selic] e para a redução da taxa de
juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade”,
diz o documento.
O comitê destacou ainda os recentes anúncios de
privatização e concessões e investimentos em infraestrutura que visam
ao aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade
da economia e melhoria do ambiente de negócios. "Esses esforços são
fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de
desenvolvimento da economia brasileira”, enfatizou.
Fonte: Agência Brasil
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