O mercado financeiro voltou a reduzir a projeção para a inflação e
aumentar a estimativa para o crescimento da economia este ano. De acordo
com o boletim Focus, uma publicação divulgada toda segunda-feira no
site do Banco Central (BC), a expectativa para a expansão do Produto
Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no
país), foi ajustada de 0,5% para 0,6% este ano, no terceiro aumento
consecutivo. Para 2018, a estimativa de crescimento passou de 2% para
2,1%.
A estimativa do mercado financeiro para a inflação, medida
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,38%
para 3,14% este ano, na terceira redução seguida. Para 2018, a projeção
do IPCA foi reduzida de 4,18% para 4,15%, no segundo ajuste
consecutivo.
As estimativas para os dois anos permanecem abaixo
do centro da meta de 4,50%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta
tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 8,25% ao ano.
Quando
o Comitê de Política Monetária (Copom) diminui os juros básicos, a
tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e
ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. Já quando o Copom
aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança.
A expectativa do mercado financeiro para a
Selic foi reduzida de 7,25% para 7% ao ano, no fim de 2017, e de 7,50%
para 7,25% ao ano, ao final de 2018.
Fonte: Agência Brasil
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