Um estudo coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento mostrou que o aumento do desempenho produtivo do animal é
uma das estratégias mais eficientes usadas na atividade pecuária para
conter a emissão de gases do efeito estufa. A mitigação dos gases é
viabilizada pela capacidade do animal em aumentar a sua produção, usando
o mesmo gasto calórico.
Em uma criação de vacas leiteiras, por
exemplo, aquelas que alcançam níveis produtivos maiores, com a
otimização do uso de energia do corpo, irão, consequentemente, reduzir o
volume de dejetos excretados.
De acordo com o médico-veterinário Cleandro Pazinato Dias, consultor do projeto, essa diminuição pode levar a uma queda do total de substâncias nocivas à atmosfera liberadas pela atividade pecuária, considerando que a decomposição dos dejetos é uma das principais responsáveis pela emissão de metano.
De acordo com o médico-veterinário Cleandro Pazinato Dias, consultor do projeto, essa diminuição pode levar a uma queda do total de substâncias nocivas à atmosfera liberadas pela atividade pecuária, considerando que a decomposição dos dejetos é uma das principais responsáveis pela emissão de metano.
Uma das
maneiras de garantir esse resultado é o meio do melhoramento genético,
que garante aos produtores, além de aumento no desempenho da criação,
melhor retorno econômico. O uso de grãos e alimentos concentrados na
dieta e o processamento adequado das forragens conservadas, para
melhorias no processo digestivo, é fundamental. A redução da média de
idade ao primeiro parto e o aumento da produção de leite na primeira
lactação também podem melhorar a eficiência produtiva ao longo do ciclo
de vida do animal e diminuir as emissões por quilograma do produto.
Segundo
a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por ano, cada
bovino criado no Brasil é responsável por pelo menos 57 quilos de CH4
despejados no meio ambiente. Essa média pode ser reduzida em até 35%, se
adotadas técnicas de mitigação. O aumento da eficiência na produção
pecuária pode potencializar o desempenho dos bovinos e reduzir a emissão
de CH4 para 37,7 quilos por ano.
O estudo foi promovido pelo
projeto Pecuária de Baixa Emissão de Carbono: Geração de Valor na
Produção Intensiva de Carne e Leite, como parte do Plano de Agricultura
de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), coordenado pelo Ministério da
Agricultura, com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a
Agricultura.
Fonte: EBC
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