O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê um
crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, e de 2,6% em
2018. De acordo com dados divulgados hoje (28) o consumo das famílias,
as exportações e o crescimento agropecuário vão puxar o resultado neste
ano.
A partir do terceiro trimestre, o Ipea prevê que a indústria
e os serviços tenham um peso maior na recuperação da economia. Segundo o
diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac),
José Ronaldo de Castro Souza Junior, a agropecuária teve um peso maior
no primeiro semestre e atingiu um patamar muito elevado.
"Acreditamos
que houve uma reversão cíclica e saímos da recessão", disse Castro, que
prevê uma retomada que se dará paulatinamente.
O Ipea reduziu a
previsão de crescimento para 2018, que era de 3,4% na análise divulgada
em março. Segundo Castro, havia uma expectativa de que a reforma da
previdência seria aprovada no meio do ano, o que não aconteceu.
"Tornar
mais sustentáveis os gastos públicos é essencial para que os
investidores confiem nessa retomada e voltem a fazer investimentos mais
de longo prazo, especialmente em infraestrutura", disse ele, ao destacar
que os estados e municípios também precisam equacionar questões fiscais
para garantir a retomada do crescimento.
A previsão para 2017 e
2018 é que o PIB da indústria cresça 0,5% e 3,4%, enquanto os serviços,
0,1% e 2,2% respectivamente. A agropecuária deve crescer 12,5% neste ano
e 3,5% no ano que vem.
Pela ótica das despesas, o PIB vai contar
neste ano com um crescimento de 0,8% no consumo das famílias. Em 2018, a
expansão prevista é 2,7%. O consumo do governo deve cair 1,9% neste ano
e 0,2% no ano que vem.
A projeção é que o investimento (formação
bruta de capital fixo) caia 2,5% neste ano, mas se recupere no ano que
vem, com uma alta de 4,2%. Os dois lados da balança comercial também
devem crescer nos próximos dois anos. Para as exportações, são previstas
expansões de 5,6% e de 4,1%. Já para as importações, a projeção é altas
de 3,6% e 5,1%.
Entre as variáveis macroeconômicas que favorecem
esse cenário, na análise do Ipea, estão a inflação, projetada em 2,9%
em 2017 e em 4,2% em 2018. O Ipea acredita que a taxa básica de juros em
7% no fim de 2017 e em 2018 também seja positiva para o crescimento.
Fonte: Agência Brasil
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