O mercado financeiro reduziu a estimativa de inflação para abaixo do
limite inferior da meta para este ano. A projeção para o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,08% para 2,97%, de
acordo com o boletim Focus, pesquisa divulgada na internet, todas as
semanas – geralmente às segundas-feiras - pelo Banco Central (BC).
A
meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro
4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando a inflação fica
fora desses limites, o BC tem que elaborar uma carta aberta ao ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do descumprimento
da meta.
Na última quinta-feira (21), o diretor de Política
Econômica do Banco Central, Carlos Viana de Carvalho, disse em Brasília
que, se a meta de inflação ficar abaixo do limite mínimo de 3%, o BC
justificará o descumprimento “com serenidade”.
A projeção do BC
para a inflação, medida pelo IPCA, é de 3,2% este ano. Segundo o
Relatório Trimestral de Inflação, o risco de o IPCA ficar abaixo do
limite inferior da meta é de 36%.
Para 2018, a estimativa do boletim Focus para a inflação foi reduzida de 4,12% para 4,08%. Essa foi a quarta redução seguida.
Taxa de juros
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 8,25% ao ano. Essa
taxa vem sendo reduzida pelo BC, que já indicou um corte menor na
próxima reunião, em outubro, e o fim gradual do ciclo de reduções.
Quando
o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique
mais barato com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle
sobre a inflação. Já quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter
a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros
mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A expectativa do mercado financeiro para a Selic foi mantida em 7% ao ano, no fim de 2017, e ao final de 2018.
A
expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país), foi ajustada de 0,60% para
0,68%, em 2017, e de 2,20% para 2,30%, no próximo ano.
Fonte: Agência Brasil
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