O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) encerrou setembro em alta
de 0,47%, taxa bem acima da registrada em agosto (0,10%) e mais do que o
dobro da variação mensurada em setembro do ano passado (0,20%). No
acumulado do ano, no entanto, o resultado ainda é de uma queda de 2,10%
e, nos últimos 12 meses, -1,45%. Esta última taxa é que serve de base de
cálculo para renovação da maioria dos contratos de aluguel.
Essa
elevação foi influenciada, principalmente, pela alta dos preços no
setor atacadista, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre/FGV). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
passou de uma queda de 0,05% para um aumento de 0,74%. Um dos motivos é o
peso da alta dos preços dos combustíveis (de 0,24% para 6,11%), no
processamento dos bens para consumo.
Também houve impacto no subcomponente matérias-primas brutas devido às cotações de algumas commodities
(produtos primários com cotação no mercado internacional). Os destaques
são bovinos (de 0,12% para 8,89%), milho em grão (de -2,48% para 6,63%)
e soja em grão (de -1,75% para -0,06%). Em compensação, reduziu o ritmo
de pressão em relação ao minério de ferro (de 11,65% para 7,88%), café
em grão (de 3,64% para -2,32%) e leite in natura (de -4,15% para -7,19%).
Nos
demais componentes do IGP-M, caiu a velocidade de correção dos preços. O
Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou queda de 0,09% (ante
uma alta de 0,33%, em agosto) e o Índice Nacional de Custo da Construção
(INCC) teve variação de 0,14%, inferior ao resultado de agosto último
(0,40%).
Fonte: EBC
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