A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito para quem paga o
valor mínimo da fatura em dia continuou a cair, em agosto. A taxa chegou
a 221,4% ao ano no mês passado, com redução de 2,4 pontos percentuais
em relação a julho, de acordo com dados divulgados hoje (27) pelo Banco
Central (BC), em Brasília.
Já a taxa cobrada dos consumidores que
não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura subiu 2,1 pontos
indo para 506,1% ao ano, em agosto. Com isso, a taxa média da modalidade
de crédito ficou em 397,4% ao ano, com queda de 1,6 ponto percentual em
relação a julho.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor
quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Desde abril,
os consumidores que não conseguem pagar integralmente a fatura do
cartão de crédito só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias.
A nova regra, fixada em janeiro
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), obrigou as instituições
financeiras a transferirem a dívida para o crédito parcelado, que tem
taxas menores. A taxa do crédito parcelado subiu 1,3 ponto percentual
para 161% ao ano, em agosto.
Cheque especial
A taxa de juros do cheque especial ficou em 317,3% ao ano em agosto, com redução de 4 pontos percentuais em relação a julho.
A
taxa média de juros para as famílias caiu 1,5 ponto percentual para
62,3% ao ano, no mês passado. No caso das empresas, a taxa foi reduzida
em 0,9 ponto percentual para 24,4% ao ano.
A inadimplência do
crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas,
ficou em 5,6%, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a julho.
No caso das pessoas jurídicas, a inadimplência permaneceu em 5,5%. Esses
dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar
dinheiro captado no mercado.
No caso do crédito direcionado
(empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente,
aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) os juros para as
pessoas físicas caíram 0,5 ponto percentual indo para 8,5% ao ano. A
taxa cobrada das empresas subiu 0,6 ponto percentual para 12,2% ao ano. A
inadimplência permaneceu em 2,1% para as famílias e em 1,5%, no caso
das empresas.
O saldo de todas as operações de crédito concedido
pelos bancos ficou em R$ 3,046 trilhões, com redução 0,1%, no mês. Em 12
meses, houve retração de 2,2%. Em relação a tudo o que o país produz –
Produto Interno Bruto (PIB) – o volume correspondeu a 47,1%, com redução
de 0,1 ponto percentual em relação a julho.
Fonte: EBC
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