Para ressaltar a importância de poupar, o 31 de outubro foi escolhido para ser o Dia Mundial da Poupança. Infelizmente, guardar dinheiro não faz parte da cultura de milhões de pessoas, em especial, dos brasileiros, uma vez que nós não fomos educados financeiramente para ter esse comportamento.
Em nosso país a situação é tão preocupante que, já entre os jovens, que ainda estão se inserindo no mercado de trabalho, o número de endividados – e até inadimplentes – vem aumentando substancialmente. O consumismo comanda o dia-a-dia das pessoas e faz com que elas comprem produtos e serviços que sequer estavam em seu planejamento, e pior, que, muitas vezes, acabam nem utilizando.
Para que os consumidores passem a agir de forma mais consciente, é necessário refletir antes de comprar. Perguntas como “preciso disso nesse momento?” e “vou me prejudicar se deixar para comprar outro dia?” ajudam, e muito, a evitar aquisições por impulso; mas, ainda que seja essencial, a melhor maneira é se planejar, para poder comprar à vista e obter descontos.
Poupar é o único jeito de se livrar de dívidas e, de quebra, garantir um futuro tranquilo, sem depender de familiares para se sustentar, quando chegar o momento da aposentadoria. Mas muitas pessoas se perguntam quanto deveriam guardar por mês e onde investir o dinheiro. Isso tudo depende do seu ganho, do valor dos seus sonhos e do seu perfil de investidor.
Sempre aconselho a todos a relacionarem, no mínimo, três sonhos: de curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo prazos (acima de dez anos). É importante saber quanto custa cada um e quanto o indivíduo poderá separar do seu salário para eles, para, assim, descobrir em quanto tempo conseguirá realizá-los. No entanto, a maioria comete um erro gravíssimo: não tem a menor ideia de seu orçamento financeiro (ganhos e gastos bem definidos) e esperam sobrar algo no final do mês para poupar.
Está mais do que provado, empiricamente, que esse processo não funciona. É preciso, primeiramente, fazer um diagnóstico da vida financeira, durante 30 dias, tendo ciência de todas as despesas, para, então, cortar as em excesso. O segundo passo é, assim que receber o salário, já separar a quantia pré-determinada para os sonhos e aplicar, seja em uma caderneta de poupança, seja em uma previdência privada (depende do qual seja o seu objetivo).
Isso tudo faz parte do processo de reeducação financeira, que promove uma verdadeira e eficaz mudança de hábitos com relação ao uso do dinheiro, resultando em uma vida mais consciente e sustentável.
Fonte: Uol - Consumidor Moderno
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