sexta-feira, 11 de outubro de 2013


O consumidor endividado precisa sair dessa situação o quanto antes. A nova alta da taxa básica de juros (Selic), que passou de 9% para 9,5% ao ano e que, conforme previsão de analistas, deve chegar a 10% em novembro, vai impactar ainda mais seis linhas de crédito para pessoa física. Principalmente nos juros do cartão de crédito e do cheque especial. Economistas, ouvidos pelo DIA, deram dicas para evitar e se livrar de dívidas.  Para Luiz Rabi, economista do Serasa Experian, quitar integralmente a fatura do cartão é primordial: “Nunca se deve pagar apenas o mínimo da fatura. Os juros são exorbitantes. Quem está nesta situação, renegociar a dívida fazendo empréstimo consignado com desconto em folha é a solução.” Rabi diz que entrar no cheque especial, só por um curto espaço de tempo. “É imprescindível cobrir o valor em no máximo 10 dias”, aconselha.

A balconista Danielle Santos, 35 anos, que morou em Portugal por 14 anos, se assustou com os juros reais do Brasil, os maiores do mundo. “Estou até com medo dos cartões de crédito”, diz. 
Foto:  Info juros
Projeção feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) demonstra que, com a taxa em 9,5%, a média dos juros do cartão de crédito passou de 9,37% para 9,41% sobre o valor residual (pagamento mínimo). E pode chegar aos 9,49% em novembro. No cheque especial, a estimativa é que os juros passem de 7,81% para 7,85%, alcançando 7,93% no fim do ano.
Atenção com orçamento
Diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira explica que é necessário elaborar e ter cuidado com o orçamento para evitar dívidas. Ele orienta definir quais as reais necessidades e planejar os gastos considerando sempre a renda disponível e não o salário e mais o cheque especial, por exemplo.
“Os gastos têm que caber dentro do salário”, diz. Entre outras dicas, Oliveira aconselha: identificar todas as dívidas; resgatar aplicações e vender bens (caso tenha), reduzir despesas e quitar primeiro dívidas mais caras e que resultem em penalidades (condomínio, luz, água, telefone).
Fonte:  O Dia

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