quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Acidente com bebê detona operação contra brinquedos piratas em SP

Menina de 11 meses engoliu uma bateria e correu risco de engasgar, sem falar no perigo de vazarem componentes químicos. A bateria foi expelida.


Um acidente doméstico com um bebê detonou uma operação contra os brinquedos piratas no comércio popular de São Paulo.
Uma menina correu risco de vida depois de engolir uma bateria. Uma situação desesperadora. Os pais descobriram que a menina, de 11 meses, tinha engolido uma bateria, daquelas redondinhas, tipo botão, achatada. Tinha o risco de ela engasgar e também dos componentes químicos dessa bateria vazarem.
Uma imagem para deixar qualquer família desesperada. Dá para ver a bateria, do tipo “botão”, no estômago da criança. Quem engoliu a bateria foi Lívia, de 11 meses. “Ela estava já mastigando, aí a gente foi ver, eu abri já a boquinha dela para ver o que era e encontrei duas baterias, dessas “botão”. Aí a terceira eu não encontrei e fiquei um pouco desesperada, comecei a levantar as coisas de casa para ver seu eu achava ela”, diz a mãe, Jéssica Firmino Lima, técnica em química.
“Foi coisa muito rápida, você não espera uma coisa dessa”, afirma o pai, Lucas Santos Lima, locutor.
O brinquedo que provocou o acidente é exatamente como o mostrado na reportagem, todo de borracha e com a peça que tanto chama a atenção das crianças: emite luz e a gravação com o relincho do cavalo. O que realmente assusta é que a peça fica solta e é facilmente retirada por uma criança. As mais curiosas podem até cutucar e tirar as baterias. Foi o que a Lívia conseguiu fazer em segundos.
“E essas baterias, é bom lembrar, têm metal pesado dentro da composição química da bateria, e isso, evidentemente, ingerido, vai gerar uma reação química dentro do organismo. Essa reação é que pode levar a criança à morte ou, se ficar aqui engasgado, aqui no pescoço, na laringe, na faringe, vai levá-la à morte, não tenha dúvida nenhuma”, afirma o superintendente do Ipem em São Paulo, Clóvis Volpi.
O Ipem - Instituto de Pesos e Medidas - recebeu a denúncia da mãe da Lívia e resolveu fazer uma blitz. Os fiscais foram na segunda-feira (1º) a 17 lojas do ABC e da cidade de São Paulo. Em 12 encontraram brinquedos sem o selo do Inmetro. Dez dessas lojas tinham o cavalinho chinês. E um dos brinquedos ainda tinha um selo falsificado.
A bateria que foi parar no estômago da Lívia passou para o intestino e, 24 horas depois, foi expelida.  “Nossa, uma felicidade, um alívio, tranquilidade, parece que ela nasceu de novo, e a gente também, diz a mãe de Lívia, Jéssica
Depois do susto, os pais examinaram o cavalinho que a menina ganhou no Natal e descobriram que o brinquedo era pirata. Ele ainda é um companheiro. Mas, agora, em silêncio e sem luzes. “O selo do Inmetro tem que ter, e segundo, é melhor você investir um pouquinho mais no brinquedo do seu filho ou da sua filha, mas dar uma coisa com qualidade”, diz o pai, Lucas.
Nessa fiscalização de segunda-feira (1º), o Instituto de Pesos e Medidas reprovou 622 brinquedos. Eles não tinham o selo do Inmetro, nem a etiqueta com a indicação de faixa etária.
Fonte: Bom Dia Brasil

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