Pesquisa realizada pelo Idec junto a 20 bancos e financeiras mostra
que um quarto delas explora ofertas de financiamento para quem está
negativado sem avaliar o quanto a renda do consumidor já está
comprometida com outros pagamentos. Para o instituto, a prática é
irresponsável e pode levar o consumidor a aumentar ainda mais suas
dívidas. O estudo, realizado entre os dias 20 de março a 27 de abril,
identificou que os bancos BMG e Daycoval e as financeiras Agiplan,
Crefisa e Facta prometem que o crédito será dado sem “consulta ao SPC” e
sem avaliar a capacidade de pagamento de novas dívidas.
De acordo
com a economista do Idec, responsável pelo estudo, Ione Amorim, a
prática desestimula o crédito responsável, pois expõe o consumidor ao
risco de superendividamento:
— Sem informação e orientação é possível que o dinheiro, em vez de ajudar, piore ainda a mais situação financeira do endividado.
O
preço que se paga por essa promessa de salvação, no entanto, é muito
alto. Os juros ao ano podem chegar a 919%, quase cinco vezes mais do que
a média do mercado. Segundo o Banco Central, a média cobrada por 63
instituições no país é de 8,09% ao mês ou 197,9% ao ano. Durante o
levantamento, ficou constatado que a Crefisa aplicava um percentual de
21,35% ao mês, totalizando 919% em doze meses.
O Idec ressalta, ainda, que os bancos
escondem as taxas que serão aplicados, só informadas mediante a
apresentação de documentos pessoais de quem está interessado no crédito.
Uma alternativa é pesquisá-las no site do Banco Central.
Entre os cinco bancos que têm ofertas explícitas de crédito para quem está com o nome sujo, as taxas variam de 9% ao mês ou 181,39% ano ano, como é o caso do BMG. Os juros mais altos são da Crefisa.
Procurados, os cinco bancos e financeiras ou não quiseram comentar ou não retornaram o contato do GLOBO.
Entre os cinco bancos que têm ofertas explícitas de crédito para quem está com o nome sujo, as taxas variam de 9% ao mês ou 181,39% ano ano, como é o caso do BMG. Os juros mais altos são da Crefisa.
Procurados, os cinco bancos e financeiras ou não quiseram comentar ou não retornaram o contato do GLOBO.
Fonte: Idec
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