O Brasil conseguiu economizar 11,68 bilhões de quilowatts-hora (kWh), no ano passado, com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), implantado em 1985, disse hoje (4) a superintendente de Eficiência Energética da Eletrobras, Renata Falcão, responsável pela execução do programa. A economia equivale a 2,5% do total de energia gasto no país em um ano, ou à energia fornecida no mesmo período por uma usina hidrelétrica com capacidade de geração de 2.801 megawatts (MW), resultando em uma postergação de investimentos em torno de R$ 1,6 bilhão,
Segundo Renata, o resultado é fruto de investimentos efetuados ao longo de muitos anos. Ela informou que a partir de 2012, no entanto, a Eletrobras não pôde mais investir, devido à Lei 12.783, que priorizou os recursos da Reserva Global de Reversão (RGR) para a renovação das concessões. Entre 60% e 70% dos investimentos do Procel vinham da reserva e entre 30% a 40% eram recursos próprios da Eletrobras.
A Lei 13.280, publicada no Diário Oficial da União no último dia 4 de maio, veio garantir recursos sustentáveis para o Procel, que corria, inclusive, risco de acabar, se não houvesse investimentos para a continuidade de suas ações. A lei destina 20% dos recursos para eficiencia energetica ao Procel, o que pode representar um montante de R$ 100 milhões por ano para o programa utilizar em projetos. Renata Falcão destaca que a última pesquisa de posse de equipamentos, considerada fundamental para o programa acompanhar os hábitos de uso dos consumidores, trabalhar em educação e verificar o que mudou em termos de consumo, foi feita em 2005.
Até outubro deste ano, o plano anual de recursos para o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) deverá estar homologado e garantirá investimentos para as ações desenvolvidas pelo programa, criado pelo governo federal em 1985 e executado pela Eletrobras, estimou a superintendente de Eficiência Energética da Eletrobras.
Na definição do plano, primeiramente terá que se saber o montante de arrecadação referente aos 20% dos recursos que irão para o Procel. Renata salientou que se o plano não for homologado até outubro, o dinheiro não irá para a conta Procel/Eletrobras. Caso ocorra a homologação, o recolhimento dos recursos é feito das distribuidoras. A cada ano, o Procel terá um plano de recursos novo.
Em 2016, o Procel continua com ações visando a aumentar o número de equipamentos com o selo de eficiência energética. O Selo Procel já abrange 39 categorias de equipamentos elétricos, 3.640 modelos e 190 empresas. Só no ano passado, segundo a Eletrobras, foram comercializados no país mais de 44 milhões de equipamentos com o selo. Até o final do ano, Renata prevê que sairá o selo para luminárias de Led. O programa está trabalhando também com o selo para edificações, que é voluntário e tem que atender a alguns requisitos.
Fonte: Agência Brasil
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