Um dia depois de fechar em queda, a bolsa de valores recuperou-se e voltou a fechar no maior nível em dez meses. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu 1,54% e encerrou esta terça-feira (19) aos 53.010 pontos. É o melhor fechamento desde 26 de junho do ano passado (54.017 pontos).
A moeda norte-americana reverteu a alta de ontem e fechou próximo de R$ 3,50. O dólar comercial caiu R$ 0,067 (-1,92%) e encerrou o dia vendido a R$ 3,528. Ontem (18), a moeda tinha fechado em R$ 3,597.
O dólar operou em baixa durante toda a sessão, mas acelerou a queda a partir do fim da manhã, fechando próximo da mínima do dia. A divisa acumula queda de 1,89% em abril e de 10,63% em 2016.
Pela primeira vez desde o fim de março, o Banco Central não interveio no câmbio e deixou de fazer leilões de swap cambial reverso, que funcionam como compra de dólares no mercado futuro. Essas operações pressionam o câmbio para cima, evitando que a moeda norte-americana caia demais e prejudique as exportações do país.
Além do clima político interno, contribuiu para a queda do dólar e a alta da bolsa o cenário internacional. Depois de cair ontem por causa do colapso do acordo que congelaria a produção de petróleo, o preço do barril do tipo Brent subiu 3% e encerrou o dia em US$ 42,42. O motivo foi uma greve de trabalhadores no Kuwait que reduziu pela metade a produção no país, um dos principais produtores mundiais.
Por causa da desaceleração da economia chinesa e da demora da recuperação econômica de países europeus e do Japão, a demanda global por commodities (bens primários com cotação internacional) tem caído. Isso prejudica países vendedores de grãos e de minérios, como o Brasil, porque barateia as exportações e reduzem a entrada de divisas no país.
Fonte: Agência Brasil
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