A inflação para as famílias que ganham entre um e 2,5 salários
mínimos recuou de fevereiro para março, fechando o mês com queda de
0,44%, índice menor do que a que mede a variação de preços para as
famílias que ganham mais, até 33 salários.
Segundo dados
divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação
Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em março a alta do Índice de Preços ao
Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação dos preços das
famílias que ganham até 2,5 salários, apresentou redução de 0,44%, taxa
0,29 ponto percentual abaixo da apurada em fevereiro, quando o índice
registrou variação de 0,73%. Com o resultado, o indicador acumula alta
de 3,1%, no ano e, 9,99%, nos últimos 12 meses.
Já a variação do
IPC-BR (que mede a alta de preços para as famílias que ganham até 33
salários) subiu em março 0,5% (0,06 ponto percentual acima do IPCC-C1),
enquanto a taxa dos últimos 12 meses ficou em 9,37% - neste caso, 0,62
ponto percentual superior ao valor anualizado medido para o IPC-BR.
Segundo
os dados divulgados pela FGV, quatro das oito classes de despesa
componentes do índice das famílias de menor renda apresentaram
decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para transporte, que
chegou a cair 1,36 ponto percentual entre fevereiro e março (1,55% para
0,19%); habitação (queda de 0,08% para uma inflação negativa de 0,43%);
saúde e cuidados pessoais (0,58% para 0,36%) e despesas diversas (1,84%
para 0,97%).
De acordo com a FGV, nestes grupos os destaques
partiram dos itens tarifa de ônibus urbano (1,82% para 0,06%), tarifa de
eletricidade residencial (-2,33% para -4,09%), artigos de higiene e
cuidado pessoal (0,93% para 0,27%) e cigarros (3,02% para 1,27%).
Aumentos
Em
contrapartida, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os
grupos alimentação (1,01% para 1,21%), educação, leitura e recreação
(0,38% para 0,42%), vestuário (0,31% para 0,37%) e comunicação (0,66%
para 0,69%).
Nestas classes de despesa, destacam-se os itens laticínios (0,85%
para 2,89%), hotel (-1,97% para -0,21%), roupas (0,21% para 0,50%) e
tarifa de telefone móvel (1,07% para 1,45%).
O Índice de Preços
ao Consumidor (IPC) mede a variação de preços de um conjunto fixo de
bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias com nível
de renda de até 2,5 salários em sete das principais capitais do país:
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto
Alegre e Brasília.
Fonte: Agência Brasil
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