A Secretaria de Saúde de SP alerta para o risco de resistência do vírus se o remédio for usado de forma indiscriminada
A
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alertou, nesta segunda-feira
(18), a importância de uma prescrição criteriosa do medicamento Tamiflu
(Oseltamivir). A droga, que é um dos únicos capazes de atuar contra o
vírus influenza, causador de gripes como o H1N1, não deve ser usada sem
indicação.
“É importante que os municípios reforcem as
orientações para os seus profissionais de saúde sobre os protocolos que
devem ser seguidos para receituário do Tamiflu, que não é um antigripal,
mas sim um medicamento para tratamento específico para casos graves ou
com real probabilidade de evoluírem para quadros mais sérios”, afirmou o
secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.
O
medicamento, além de ser usado no tratamento da gripe H1N1, só deve ser
prescrito para pacientes com quadros de Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG), no geral, ou que apresentem Síndrome Gripal (SG) e sejam
considerados grupos de risco, como gestantes, idosos, crianças menores
de 5 anos, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos, puérperas e
população indígena - pacientes com SG que não se encaixem nos grupos de
risco devem ser orientados a retornar ao serviço de saúde em caso de
piora do quadro clínico, quando deverão passar por reavaliação.
O
comunicado ressaltou que o uso com prescrição sem critérios do
medicamento pode induzir à resistência do vírus, ou seja, o influenza
pode se modificar e passar a ser mais resistente aos efeitos do Tamiflu.
Também foi destacado que cerca de 90% dos casos de gripe evoluem para a
cura espontânea, ou seja, sem medicamentos.
Além disso, o uso
indiscriminado do Tamiflu leva ao desabastecimento acelerado do
medicamento nas unidades de saúde, o que pode ocasionar que pacientes
com a real necessidade de uso fiquem sem a droga, gerando assim um
agravamento dos casos. Por isso, nada de pedir a medicação emprestada
para outras pessoas, e vice-versa. Se o seu filho tomou a medicação e
sobrou, jamais ofereça a ele novamente sem indicação médica.
Fonte: Crescer
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