O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, defendeu hoje
(4) a privatização das empresas públicas durante o Fórum Exame, voltado a
empresários, na capital paulista. “Não precisamos privatizar para zerar
o deficit público, mas para ter certeza de que sabemos que, nas mãos do
setor privado, [as empresas] são mais eficientes”, disse.
Maia
levantou também a questão da estabilidade do emprego no setor público.
“Existem áreas em que será necessária alguma estabilidade, outras não
são necessárias”. O presidente em exercício citou como argumento para
uma possível mudança no status dos servidores a falta de recursos para a
Previdência pública não apenas em âmbito federal, mas também nos
estados brasileiros.
Denúncia contra Temer
Sobre
a análise de uma possível nova denúncia a ser oferecida pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer,
Maia disse que é importante que a questão se encerre rapidamente para
não prejudicar a agenda de reformas.
Maia declarou que respeitará
as decisões da PGR, mas que, se não houver embasamento, a denúncia será
arquivada. A expectativa é que a Câmara dos Deputados aprecie a
denúncia até o final de setembro. “Temos que começar a separar as
coisas. A gente precisa que a Câmara tenha uma agenda de reformas
permanente”, defendeu.
Reforma da Previdência
Segundo
Maia, a previsão é de que a reforma da Previdência entre em votação em
outubro e que a maior dificuldade será conseguir os votos necessários
para a aprovação em primeiro turno. “O problema não é a data, é ter voto
para votar. Hoje tem menos votos do que antes”, declarou. Ele calcula
que, atualmente, não será possível alcançar mais que 280 votos,
quantidade abaixo dos 308 necessários para uma mudança na Constituição.
Maia
pretende reverter o cenário. “É questão de trabalhar e mostrar a
urgência para os parlamentares”, disse. Ele afirmou que trabalha todos
os dias no convencimento dos deputados no tema que, segundo ele, ainda é
polêmico. “Aprovada a reforma da Previdência ainda este ano, o impacto
na economia ano que vem vai ser muito forte e vai colaborar com a
eleição de 2018”, defendeu.
Fonte: Agência Brasil
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