terça-feira, 22 de dezembro de 2015


Você sabia que 2015 pode ser o ano mais quente da história moderna? Pois é, alguns meses do ano bateram recordes de temperatura, e com o verão chegando, não deve ser diferente. Justamente por isso, é importante ficar atento, pois com a chegada dessa estação, aumenta o risco de transmissão de doenças como a dengue, zika e chikungunya, vírus que têm o mosquito Aedes aegypti como vetor.
O inseto se adapta e gosta de água limpa e parada, e o calor faz o ciclo de vida do mosquito se acelerar. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, os objetos onde pode haver focos.
Em entrevista a BBC Brasil, Sebastião Amaral Campos, agente da secretaria de Saúde de Piracicaba, conta que existem alguns focos de reprodução frequentemente desconhecidos ou ignorados, e que se tornam um risco ainda maior durante o período das férias. Confira cinco locais que merecem atenção especial no combate ao mosquito:

1) Piscina de criança

Casas de praia, que são apenas utilizadas durante os fins de semana, apresentam um grande risco de serem criadouros do mosquito, pois a água ficaria parada por exatamente uma semana.
Ao fechar o imóvel, os proprietários têm de tomar o cuidado de esvaziar todos os recipientes contendo água limpa e parada e não deixar ao relento objetos com superfícies que podem acumular chuva.
Sebastião chama atenção especial para as piscinas infláveis de criança. É necessário esvaziar e guardar, para não juntar água entre as dobras do plástico. "Se quiser deixar cheia, é muito importante colocar cloro. Só assim a larva do mosquito não sobrevive", ressalta Campos.
Brinquedos abandonados no jardim são outro fator de risco. "O baldinho de areia e o potinho do cachorro têm de ser esvaziados, escovados e guardados na garagem".

2) Vaso sanitário

Derramar água sanitária nos ralos de varanda e cobrir a tampa do vaso são ações importantíssimas. Lugares da casa que não são muito frequentados e podem acabar esquecidos, como um banheiro de serviço ou uma varanda de fundos, merecem atenção redobrada.
Nessas áreas, Campos recomenda usar muito cloro. "Às vezes, as pessoas não pensam que o mosquito poderá utilizar o banheiro dentro da casa, mas, sim, ele vem, pois é um bicho doméstico. Tem de tampar o vaso sanitário para não deixar entrar".

3) Tampinha de garrafa

Tampa de garrafa, canudos de plástico, lata de alumínio. Esses são alguns lugares inusitados onde já foram encontradas ovas de Aedes aegypti. O agente de saúde também ressalta que o lixo reciclado guardado em casa pode ser um risco em potencial.
"O mosquito gosta de água limpa e o chamado 'lixo seco', que pode acumular ao relento até o dia da coleta seletiva e também virar foco de reprodução do inseto. Tem de guardar dentro de casa. Não pode deixar nada descoberto, na rua", explica.

4) Bromélias

As plantas de folhas largas e cálice profundo podem acumular água nas suas reentrâncias, gerando um criadouro ideal. Em muitos jardins, a flor fica presa às paredes em placas de fibra de coco.
A sensação visual vertical passa a falsa idéia de que não há água acumulada ali, pois, em teoria, ela escorreria. "Esse é um problema principalmente nos bairros mais abastados", diz Campos.

5) Casquinha de caramujo

A casquinha vazia de um caramujo pode parecer pequena, mas guarda nela o potencial para uma colônia de ovos do Aedes aegypti. Limpar com persistência os cantos mais isolados do jardim é uma medida de sucesso do controle do mosquito.
"Já encontramos mosquitos em casquinha de caramujo, de ovo, cada coisinha pequeninha… Dá em tudo. Se bobear, o mosquito abusa", comenta Campos.
O último recado de Campos é importantíssimo a todos os consumidores: "Pare e pense: esse é o bicho que mais mata no mundo hoje. Não tem como não levar a sério. É preciso acabar com ele". Fique atento e cuide da sua saúde e de sua família!
Fonte: Bem Estar

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