Você sabia que 2015 pode ser o ano mais quente da história moderna?
Pois é, alguns meses do ano bateram recordes de temperatura, e com o
verão chegando, não deve ser diferente. Justamente por isso, é
importante ficar atento, pois com a chegada dessa estação, aumenta o
risco de transmissão de doenças como a dengue, zika e chikungunya, vírus
que têm o mosquito Aedes aegypti como vetor.
O inseto se adapta e
gosta de água limpa e parada, e o calor faz o ciclo de vida do mosquito
se acelerar. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, os
objetos onde pode haver focos.
Em entrevista a BBC Brasil,
Sebastião Amaral Campos, agente da secretaria de Saúde de Piracicaba,
conta que existem alguns focos de reprodução frequentemente
desconhecidos ou ignorados, e que se tornam um risco ainda maior durante
o período das férias. Confira cinco locais que merecem atenção especial
no combate ao mosquito:
1) Piscina de criança
Casas de
praia, que são apenas utilizadas durante os fins de semana, apresentam
um grande risco de serem criadouros do mosquito, pois a água ficaria
parada por exatamente uma semana.
Ao fechar o imóvel, os
proprietários têm de tomar o cuidado de esvaziar todos os recipientes
contendo água limpa e parada e não deixar ao relento objetos com
superfícies que podem acumular chuva.
Sebastião chama atenção
especial para as piscinas infláveis de criança. É necessário esvaziar e
guardar, para não juntar água entre as dobras do plástico. "Se quiser
deixar cheia, é muito importante colocar cloro. Só assim a larva do
mosquito não sobrevive", ressalta Campos.
Brinquedos abandonados
no jardim são outro fator de risco. "O baldinho de areia e o potinho do
cachorro têm de ser esvaziados, escovados e guardados na garagem".
2) Vaso sanitário
Derramar
água sanitária nos ralos de varanda e cobrir a tampa do vaso são ações
importantíssimas. Lugares da casa que não são muito frequentados e podem
acabar esquecidos, como um banheiro de serviço ou uma varanda de
fundos, merecem atenção redobrada.
Nessas áreas, Campos recomenda
usar muito cloro. "Às vezes, as pessoas não pensam que o mosquito poderá
utilizar o banheiro dentro da casa, mas, sim, ele vem, pois é um bicho
doméstico. Tem de tampar o vaso sanitário para não deixar entrar".
3) Tampinha de garrafa
Tampa
de garrafa, canudos de plástico, lata de alumínio. Esses são alguns
lugares inusitados onde já foram encontradas ovas de Aedes aegypti. O
agente de saúde também ressalta que o lixo reciclado guardado em casa
pode ser um risco em potencial.
"O mosquito gosta de água limpa e o
chamado 'lixo seco', que pode acumular ao relento até o dia da coleta
seletiva e também virar foco de reprodução do inseto. Tem de guardar
dentro de casa. Não pode deixar nada descoberto, na rua", explica.
4) Bromélias
As
plantas de folhas largas e cálice profundo podem acumular água nas suas
reentrâncias, gerando um criadouro ideal. Em muitos jardins, a flor
fica presa às paredes em placas de fibra de coco.
A sensação
visual vertical passa a falsa idéia de que não há água acumulada ali,
pois, em teoria, ela escorreria. "Esse é um problema principalmente nos
bairros mais abastados", diz Campos.
5) Casquinha de caramujo
A
casquinha vazia de um caramujo pode parecer pequena, mas guarda nela o
potencial para uma colônia de ovos do Aedes aegypti. Limpar com
persistência os cantos mais isolados do jardim é uma medida de sucesso
do controle do mosquito.
"Já encontramos mosquitos em casquinha de
caramujo, de ovo, cada coisinha pequeninha… Dá em tudo. Se bobear, o
mosquito abusa", comenta Campos.
O último recado de Campos é
importantíssimo a todos os consumidores: "Pare e pense: esse é o bicho
que mais mata no mundo hoje. Não tem como não levar a sério. É preciso
acabar com ele". Fique atento e cuide da sua saúde e de sua família!
Fonte: Bem Estar
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