A obesidade afeta 641 milhões de adultos ou 13% da população mundial
adulta e pode chegar a até 20% em 2025 se o ritmo atual da epidemia
continuar, mostra estudo divulgado hoje (1º).
“Em 40 anos,
passamos de um mundo onde as pessoas obesas são mais do que aquelas que
estão com baixo peso”, disse o professor Majid Ezzati, do Imperial
College de Londres, que coordenou o estudo divulgado na revista médica
britânica The Lancet.
Segundo o estudo, um em cada oito adultos é
obeso, número que mais do que duplicou desde 1975 e que deve aumentar
para um em cada cinco até 2025.
O trabalho, considerado um dos
mais abrangentes feitos até agora, teve como base dados de cerca de 19
milhões de pessoas com 18 anos ou mais, residentes em 186 países.
O
coordenador do estudo alertou para a ameaça de uma crise de “obesidade
severa” e de doenças provocadas pelo alto teor de gordura, de dietas
ricas em açúcar, que provocam aumento da tensão arterial e do
colesterol. “Haverá consequências para a saúde de uma magnitude que não
sabemos”, afirmou Majid Ezzati.
O trabalho mostra ainda que nos
homens a obesidade triplicou de 3,2% da população em 1975 para 10,8% em
2014 (cerca de 266 milhões de pessoas).
Nas mulheres, a obesidade cresceu de 6,4% em 1975 para 14,9% em 2014 (cerca de 375 milhões).
Em
2014, as pessoas mais gordas do mundo viviam nos países da Polinésia e
Micronésia, onde 38% dos homens e mais de metade das mulheres são
obesos, revela o estudo.
Cerca de 118 milhões dos obesos do mundo
vivem nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Irlanda, Austrália, no
Canadá e na Nova Zelândia.
No outro extremo, segundo o estudo, o Timor-Leste, a Etiópia e a Eritreia são os países onde vivem as pessoas com menos peso.
Fonte: Agência Brasil
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