segunda-feira, 23 de julho de 2012

Quer cortar seus gastos? Cartão de crédito pode ajudar

Assim, quem não acompanha de perto a pontuação dos cartões, não deve não deve usar o cartão pensando nos programas de benefícios, muito menos se motivar a comprar mais apenas pensando no acumulo de pontos. Por isso, Castelo Branco sugere que que o consumidor que não costuma usufruir dos prêmios use o cartão de crédito apenas para compras programadas, como viagens ou a aquisição de eletrodoméstico.
1 – Gastos no exterior e na internet
O cartão é uma mão na roda para quem tem o hábito de viajar para fora do país, precisa alugar um carro ou quer fazer uma compra online, lembra Eliana Bussinger, autora do livro “A Dieta do Bolso”. “Se você não tem cartão, está excluído do mundo virtual. Ele também é super prático para viagens ao exterior, pois não é preciso trocar dinheiro”, lembra. Neste caso, os cartões pré-pagos de viagem são uma boa pedida, pois têm um Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de apenas 0,38% sobre o valor das compras, contra 6,38% dos cartões de crédito comuns.
2 – Controle dos gastos
O cartão também pode ajudar a manter o orçamento no azul. “Hoje em dia você consegue acompanhar a fatura e o desenrolar através do internet banking. Conforme você for fazendo os gastos, você vai acompanhando", lembra Ricardo Pereira, consultor financeiro do programa Consumidor Consciente, da MasterCard. “Quando o cartão é utilizado de maneira correta, vira um aliado no controle financeiro”, afirma.
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Mas a dica só vale para quem já se acostumou a checar os lançamentos na internet com frequência. Caso contrário, o uso do cartão para pequenas compras do dia pode ter o efeito contrário e levar ao descontrole. “O consumidor que não acompanha os gastos pode se perder nas compras e correr o risco de ter que pagar os altíssimos juros dos cartões, diz Castelo Branco, do Ibrafin.
3 – Fuja do pagamento mínimo
Ao comprar mais do que seu orçamento permite, muitas pessoas constatam que, para pagar a fatura do cartão de crédito, será preciso comprometer boa parte da renda para evitar a inadimplência. Nesta situação, algumas podem cair na tentação de efetuar o pagamento mínimo da conta, e, com isso, ficam submetidas aos juros do rotativo do cartão de crédito, que podem chegar aos 320% ao ano. “De repente, ele percebe que está tomando o dinheiro mais caro do mercado”, explica Mario Sergio Romano de Andrade, consultor do Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort).
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A solução para fugir desse círculo vicioso é aliar o controle do orçamento pessoal com a poupança. “Assim, mesmo que a poupança não seja suficiente para cobrir o imprevisto, vai ter que tomar um empréstimo menor para cobrir o que faltar”, ressalta o especialista. Se o consumidor não for tão precavido, a solução é apelar para um empréstimo mais barato, como o consignado, por exemplo. Dessa forma, você quita seu débito com o cartão de crédito com taxas de juros bem menores.
4 – Fuja do impulso: deixe seu cartão em casa alguns dias
As compras feitas por impulso são o inimigo número um de quem quer terminar o mês no azul. Como cita Mario Sergio Romano de Andrade, do Idort: “O cartão de crédito, para quem não sabe usar, é a melhor maneira de comprar uma coisa que você não precisa com dinheiro que você não tem”. Por isso, ele sugere deixar o dinheiro de plástico em casa alguns dias da semana. “Até porque abrir mão do dinheiro de papel é bem mais dolorido, conforme mostram pesquisas. O cartão tem uma invisibilidade de número”, ressalta a escritora Eliana Bussinger.

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