Assim, quem não acompanha de perto a pontuação dos cartões, não deve
não deve usar o cartão pensando nos programas de benefícios, muito menos
se motivar a comprar mais apenas pensando no acumulo de pontos. Por
isso, Castelo Branco sugere que que o consumidor que não costuma
usufruir dos prêmios use o cartão de crédito apenas para compras
programadas, como viagens ou a aquisição de eletrodoméstico.
1 – Gastos no exterior e na internet
O
cartão é uma mão na roda para quem tem o hábito de viajar para fora do
país, precisa alugar um carro ou quer fazer uma compra online, lembra
Eliana Bussinger, autora do livro “A Dieta do Bolso”. “Se você não tem
cartão, está excluído do mundo virtual. Ele também é super prático para
viagens ao exterior, pois não é preciso trocar dinheiro”, lembra. Neste
caso, os cartões pré-pagos de viagem são uma boa pedida, pois têm um
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de apenas 0,38% sobre o valor
das compras, contra 6,38% dos cartões de crédito comuns.
2 – Controle dos gastos
O
cartão também pode ajudar a manter o orçamento no azul. “Hoje em dia
você consegue acompanhar a fatura e o desenrolar através do internet
banking. Conforme você for fazendo os gastos, você vai acompanhando",
lembra Ricardo Pereira, consultor financeiro do programa Consumidor
Consciente, da MasterCard. “Quando o cartão é utilizado de maneira
correta, vira um aliado no controle financeiro”, afirma.
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Mas
a dica só vale para quem já se acostumou a checar os lançamentos na
internet com frequência. Caso contrário, o uso do cartão para pequenas
compras do dia pode ter o efeito contrário e levar ao descontrole. “O
consumidor que não acompanha os gastos pode se perder nas compras e
correr o risco de ter que pagar os altíssimos juros dos cartões, diz
Castelo Branco, do Ibrafin.
3 – Fuja do pagamento mínimo
Ao
comprar mais do que seu orçamento permite, muitas pessoas constatam
que, para pagar a fatura do cartão de crédito, será preciso comprometer
boa parte da renda para evitar a inadimplência. Nesta situação, algumas
podem cair na tentação de efetuar o pagamento mínimo da conta, e, com
isso, ficam submetidas aos juros do rotativo do cartão de crédito, que
podem chegar aos 320% ao ano. “De repente, ele percebe que está tomando o
dinheiro mais caro do mercado”, explica Mario Sergio Romano de Andrade,
consultor do Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort).
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A
solução para fugir desse círculo vicioso é aliar o controle do
orçamento pessoal com a poupança. “Assim, mesmo que a poupança não seja
suficiente para cobrir o imprevisto, vai ter que tomar um empréstimo
menor para cobrir o que faltar”, ressalta o especialista. Se o
consumidor não for tão precavido, a solução é apelar para um empréstimo
mais barato, como o consignado, por exemplo. Dessa forma, você quita seu
débito com o cartão de crédito com taxas de juros bem menores.
4 – Fuja do impulso: deixe seu cartão em casa alguns dias
As
compras feitas por impulso são o inimigo número um de quem quer
terminar o mês no azul. Como cita Mario Sergio Romano de Andrade, do
Idort: “O cartão de crédito, para quem não sabe usar, é a melhor maneira
de comprar uma coisa que você não precisa com dinheiro que você não
tem”. Por isso, ele sugere deixar o dinheiro de plástico em casa alguns
dias da semana. “Até porque abrir mão do dinheiro de papel é bem mais
dolorido, conforme mostram pesquisas. O cartão tem uma invisibilidade de
número”, ressalta a escritora Eliana Bussinger.
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