quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Gilberto Braga: Natal da crise e da criatividade


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Uma tradição nesta época são as caixinhas ou livros de Natal que pedem contribuição 

O Natal está aí e já é hora de pensar nos presentes e festejos. No entanto, muita gente vai restringir os gastos por conta do orçamento apertado. Como se virar nesse ano de crise? A primeira sugestão é fazer um planejamento do dinheiro até pelo menos fevereiro. Ou seja, do Natal até depois do Carnaval.
Para as lembrancinhas de Natal, a dica é fazer uma lista com os nomes das pessoas que você não pode deixar de presentear e atribuir um valor para cada um. À medida que os presentes forem sendo comprados, você vai dando baixa no controle. Se gastar mais do que o orçado num nome, já sabe que terá que compensar o excesso em outro, diminuindo o gasto.
Outra solução é organizar o tradicional amigo oculto nos ambientes por onde você anda, como no trabalho, clube, condomínio, faculdade e até em família. Eu não curto colocar a sugestão do presente que se quer ganhar numa lista, porque acaba com a surpresa na hora da distribuição. Você já sabe o que vai ganhar e é como se fosse você mesmo comprando o presente para si.
Por isso, acredito que funciona melhor quando o valor é baixo e as pessoas não podem sugerir o presente. Cada um tem que estudar as característica do outro e além de usar a imaginação, tem garimpar algo original e barato. A festa fica muito animada e imprevisível.
Uma tradição nesta época são as caixinhas ou livros de Natal. Porteiro, entregador de jornal, carteiro, lixeiro, marcador da luz, frentista, garçom e qualquer um que cruze na sua frente quer uma contribuição. Nada contra, desde que seja espontânea e não role qualquer forma de constrangimento. Quem pode e quer, contribui, sem que exista extorsão disfarçada da parte de quem pede.
Por fim, para a ceia de Natal a sugestão é dividir a compra com os membros da família. Definir o cardápio, as bebidas e comidinhas, distribuindo entre os familiares a incumbência do preparo de uma parte. Divide-se o custo e o trabalho, ninguém fica sobrecarregado nem gasta mais do que o recomendável.
No Natal da crise é possível não desperdiçar e nem se endividar, mas cada um vai ter que usar a sua criatividade para construir um feliz Natal.
Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec e da Fundação Dom Cabral
Fonte: O Dia

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