O mercado financeiro voltou a estimar queda da inflação em 2016.
Analistas projetam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
usado pelo governo para estabelecer as metas inflacionárias, feche o ano
em 7,34% e não mais em 7,36%, como previsto anteriormente. Para 2017, a
estimativa foi mantida em 5,12%. As projeções fazem parte de pesquisa
Boletim Focus, divulgada às segundas-feiras pelo Banco Central (BC).
As
estimativas estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%. O
limite superior da meta de inflação é 6,5% este ano e 6% em 2017. Um dos
instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e,
consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic,
atualmente em 14,25% ao ano.
Como funciona
Quando
o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a
Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos
preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança.
Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é
que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,
mas a medida alivia o controle sobre a inflação. A expectativa das
instituições financeiras para a Selic permanece em 13,75% ao ano, ao
final de 2016, e segue em 11% ao ano, no fim de 2017.
A
estimativa de instituições financeiras para a queda do Produto Interno
Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve
uma leva melhora e passou de 3,18% para 3,16%. Para 2017, a estimativa
de crescimento passou de em 1,30% para 1,36%.
A projeção para a cotação do dólar ao final de 2016 foi ajustada de R$
3,25 para R$ 3,30. Para 2017, a estimativa segue em R$ 3,45.
Fonte: EBC
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