Tem sido divulgado, via redes sociais e e-mails, uma reprodução de sites conhecidos com anúncios de produtos para atrair consumidores internautas, fazendo-os acreditar que se trata de ofertas reais.
A prática é chamada de phishing, uma forma de fraude eletrônica, caracterizada por tentativas de adquirir dados pessoais, como senhas e número de cartões de crédito.
Na última semana, o Procon Municipal de São José dos Campos registrou duas reclamações relacionadas a sites fraudulentos. A prática pode não ser uma novidade, o que ocorre são poucos registros de reclamações em órgãos de defesa do consumidor.
O Procon Estadual possui uma lista com o nome de 522 empresas virtuais reclamadas no órgão que foram notificadas, não responderam ou não foram encontradas. “O registro de reclamação por parte do consumidor ajudará a identificar sites que aplicam esse tipo de golpe, e que podem integrar este rol”, disse a coordenadora do Procon Municipal, a advogada Aparecida Santana Borges.
Os sites falsos são bem parecidos com as páginas originais de determinadas empresas. Mas o consumidor deve ficar atento, pois uma das principais diferenças é o endereço eletrônico da empresa na barra do navegador, com outro nome quando o link sugerido é acessado.
Outro aspecto que pode diferenciar é quando a forma de pagamento aceita pelo site for apenas por meio de boleto à vista ou débito de conta, assim como preços muito baixos de produtos, especialmente os de grande procura. “Caso isso ocorra, desconfie. Não existem ofertas milagrosas na internet”, afirmou Aparecida Borges.
Para auxiliar o consumidor, o Procon Municipal elaborou uma lista com orientações de procedimentos simples para evitar que o consumidor seja vítima de fraude virtual. Para registro de queixas, a recomendação é procurar a sede do órgão na Rua Paulo Setúbal, 220, no centro de São José dos Campos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Informações 3909-1440 ou 151.
Orientações– Preços: desconfie de ofertas vantajosas demais, com preços muito abaixo dos praticados no mercado.– Dados obrigatórios: procure no site a identificação da loja (razão social, CNPJ, telefone e outras formas de contato, além do e-mail). Cheque se essas informações estão corretas e teste os canais de comunicação da loja antes da compra.– Endereço: confirme se as páginas que exigem dados pessoais para a compra iniciam por https:// e se o cadeado está ativado (ícone amarelo numa extremidade da página).– Referências: prefira fornecedores renomados ou recomendados por amigos ou familiares. Se não conhecer a empresa ou não tiver referências boas do site, não compre.– Pagamento: não compre em sites nos quais as únicas formas de pagamento aceitas são o boleto bancário e/ou depósito em conta.– Privacidade: leia a política de privacidade da loja virtual para saber quais compromissos ela assume quanto ao armazenamento e manipulação de seus dados.– Documentos: imprima ou salve todos os documentos que demonstrem a compra e a confirmação do pedido (comprovante de pagamento, contrato, anúncios, etc.), inclusive e-mails de confirmação.– Crime: em caso de estelionato, registrar um Boletim de Ocorrência. Procure também os órgãos de defesa do consumidor em caso de problemas.
Fonte: Portal R3
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